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Alfred Rosemberg


Origens Gnósticas do Pensamento de Alfred Rosenberg

por James Whisker

Já foi dito que o oponente cristão do judaísmo tem apenas duas alternativas: desudaizar Cristo, ou negá-lo. Houston Stewart Chamberlain, seguindo muitos teólogos da Europa central no século XIX, tentou provar que Jesus era um ariano vivendo em uma área isolada da Galiléia, e racialmente separado do resto dos povos da região. O autor de Fundações do Século XIX tentou mostrar que um grupo isolado de nórdicos havia separado-se da parte principal da nação, e que Cristo era descendente de tal povo. O Marechal Ludendorff e outros meramente negavam a relevância de Jesus e eram anti-cristãos tanto quanto anti-hebreus. Essas duas tradições aceitavam em comum a idéia de que a Bíblia, o Velho e Novo Testamentos eram história literal.


Uma terceira possibilidade subjaz o pensamento de Rosenberg. As origens estão enraizadas nas idéias e práticas pré-cristãs comumente conhecidas no Ocidente como gnosticismo. Como muitos outros termos genéricos, gnosticismo é usado por muitos para cobrir uma ampla variedade de idéias teológico-filosóficas. Por causa do sucesso da igreja ocidental, incluindo suas formas protestantes mais recentes, os sistemas que foram conquistados na longa luta por supremacia religiosa na Cristandade são considerados em um contexto totalmente negativo. Nomes como marcionita, gnóstico, maniqueu, e bogomil, são pejorativos. Muito do que foi sabido sobre eles era ou secretamente guardado ou foi aprendido pela leitura das refutações de oponentes ou dos relatos de uma ou outra Inquisição, incluindo as interrogações (geralmente de membros incultos sob tortura) daqueles que eram acusados de heresia.


No século XX houve dois grandes desenvolvimentos que mudaram o que sabemos sobre as várias "heresias". Um foi a descoberta de importantes documentos e tratados escritos ou por gnósticos importantes ou por seus discípulos e seguidores próximos. O outro desenvolvimento é o interesse demonstrado por líderes do Terceiro Reich nesses movimentos, e o estudo subsequente da ideologia em termos de tal pensamento. Entre as obras mais importantes a aparecer reinterpretando o movimento nacional-socialista em tais termos estão The Morning of the Magician de Pauwels e Bergiers, The Spear of Destiny e The Cup of Destiny de Ravencroft, e The Occult and the Third Reich de Angebert.


A maioria dos autores que redescobriram os gnósticos e sua influência sobre o Terceiro Reich tem assumido que os líderes mantinham as bases do conhecimento secretas, usualmente nos altares e rituais da SS, e que esse conhecimento especial jamais foi dirigido à distribuição em massa. Apenas alguns poucos tipos especialmente selecionados da SS podiam ser confiados com segredos antigos. Mesmo no Estado pré-Terceiro Reich, Rosenberg havia distribuído seu ensaio sobre as origens da ideologia nacional-socialista (em verdade escrito antes da formação do NSDAP). Seu Mito do Século XXdiscutia uma seita gnóstica particular, os Cátaros (Purificados), em grande detalhe, faltando apenas oferecer uma versão simplificada da religião-filosofia cátara como a nova religião da Alemanha.


É minha alegação aqui que o Mito do Século XX de Rosenberg é quintessencialmente uma obra gnóstica que tentou estabelecer a base para obras subsequentes que teriam levado a Alemanha de volta no tempo a uma fase na qual uma religião simples e anti-judaica era a prática comum no Ocidente entre as pessoas comuns. Ele foi estruturado não como uma afirmação final sobre a Nova Religião Nórdica, mas deeria servir como um teste, um precursor do que estaria por vir. No início da década de 20 Rosenberg não estava ainda preparado para oferecer uma declaração final de sua filosofia. A pesquisa necessária para a criação completa não havia sido ainda termianda. Era uma promessa de coisas vindouras. Era uma missão que poderia, em seus termos, ser comparada com o envio dos Cavaleiros da Távola Redonda por Rei Arthur na busca pelo Santo Graal.


A Lenda do Graal


Toda criança alemã conhece o grande conto folclórico do Graal de cabeça. O Parzival de Wolfram von Eschenbach foi uma das maiores obras literárias em alemão (ou qualquer outra língua). Superficialmente é um conto familiar sobre a busca de um cavaleiro de coração puro pelo amor perfeito e por redenção. Ele foi popularizado no final do século XIX pelo compositor Richard Wagner, em forma operática. Poucas obras de literatura heróica teve impacto maior sobre a consciência nacional dos alemães do que Parzival.


A ópera de Wagner abre com o idoso cavaleiro, Gurnemanz, lembrando a lenda do Graal. Titurel havia enfrentando os pagãos sem sucesso quando, subitamente, ele foi visitado por um bando de anjos. Eles colocaram sob sua guarda o Santo Graal, do qual Cristo bebeu na Última Ceia; e a Lança de Longino, a lança usada pelo centurião romano para perfurar o flanco de Jesus enquanto ele agonizava na cruz. Titurel havia construído uma grande fortaleza em Montsalvat para guardar esses tesouros, e havia reunido a seu redor aqueles cavaleiros que eram puros de coração para que guardassem esses grandes talismãs de poder celestial. Esses cavaleiros cavalgaram para combater a injustiça e a tirania ao redor do mundo.





Klingsor era um candidato, mas ele não conseguia conquistar a luxúria e a paixão em seu coração, e assim foi rejeitado como membro. Ele então construiu um grande jardim de maldade no qual, através de tentações da carna providenciadas por uma variedade de belas mulheres, ele atraiu os puros para fora de sua fortaleza, e escravizou-os a seu maligno serviço. Amfortas foi enviado por Titurel para levar a lança sagrada ao local maligno e por um fim a suas tentações. Klingsor enviou a amável Kundry para tentar Amfortas. Ela seduziu-o e entregou a lança sagrada a Klingsor. O feiticeiro maligno feriu Amfortas com ela, e apesar de Amfortas ter escapado, sua ferida não sarava. Amfortas acreditava que estava condenado por seu pecado da carne.


Até que o Tolo Inocente, Parsifal, aparece na cena, buscando sua identidade e destino. Após uma breve cena na qual o Santo Graal é desvelado, ele vai ao castelo de Klingsor. Kundry é enviada para seduzi-lo, mas, subitamente, Parsifal tem uma visão e fica fascinado. É dito-lhe que caso ele renda-se à sedução de Kundry não haverá cura para a ferida de Amfortas nem salvação para ele ou para os Cavaleiros do Graal. Ele rejeita Kundry e sai. Klingsor tenta matá-lo com a lança, mas ela passa sobre a cabeça do jovem. O paraíso sensual desmorona e Klingsor desaparece.


Após muitos anos Parsifal retorna de suas viagens pelo mundo. Ele descobre que Kundry tomou as vestes de uma penitente e que Gurnemanz tornou-se ermitão. É a Sexta-Feira Santa. É dito-lhe que Titurel morreu e que Amfortas ainda encontra-se ferido e incapaz de abençoar a Sagrada Comunhão. Parsifal vai a Montsalvat, toca a ferida de Amfortas com a lança sagrada e revive o cavaleiro. A lança e o Graal são recolocados no santuário.


A lenda do Graal é interpretada de duas maneiras. Geralmente, ela é vista como uma história de amor cristão e de redenção da humanidade. A segunda é a interpretação mítica. Diz-se que o Graal contém uma mensagem codificada conhecida apenas por uns poucos, e compreendida por um número minúsculo. É essa interpretação que é aceita por Ravenscroft emThe Cup of Destiny e por Angebert em The Occult and the Third Reich.





Lúcifer era um Príncipe do Céu antes de seu pecado levar Deus a lançá-lo no Inferno. Em sua descida ao Submundo sua coroa caiu sobre a terra, e dela separou-se uma enorme esmeralda. Esta foi usada pelos homens da Antiguidade para fazer uma taça a ser usada em rituais ocultos. Aqui encontramos a mais antiga relíquia aceita tanto por cristãos como por gnósticos. A taça estava marcada com signos especiais, símbolos, runas e similares, todas representando a ascensão do homem através de vários estágios a um estado final de Graça. O Graal havia tornado-se o receptáculo sagrado do Conhecimento Iniciátivo. Ele continua em seu exterior o grande tesouro do conhecimento e tradição primordiais que ligavam o passado ao futuro. Esse conhecimento primordial pode trazer o homem de volta à única condição natural e verdadeira para ele, o estado primordial de consciência.


Dentro da Alemanha muitos consideravam o Graal como o livro perdido e secreto da raça ariana. Ele havia sido confiado a eles em eras passadas, e era perdido e recuperado ocasionalmente. Qual seria precisamente seu conteúdo era algo não sabido, e como ele estava escrito em símbolos, a interpretação dada a essas runas poderia diferir de era para era. Era o maior tesouro de todos os arianos, de todas as eras. De era a era ele havia sido o fator unificador, o único artefato que dava uma razão para a existência da raça.


O filme Excalibur deu uma interpretação similar altamente secularizada do mito do Graal. O Graal é apresentado como sendo uma espécie de intermediário entre governante e governados, um transmissor mágico que garante que o rei e a terra são apenas um, e que cada um servirá ao próximo em uma relação completamente natural. Porém, é a dimensão espiritual do Graal que permite essa união mítica.


O Graal antecede o Cristianismo. Este é um absoluto cuja aceitação é necessária para compreender a importância dele como um artefato para o NSDAP e seus líderes, notavelmente para a SS. No Mito do Século XX de Rosenberg, o Graal pode ser visto como a causa da objeção dos alemães a alguns aspectos do Cristianismo, notavelmente ao Catolicismo Romano. Ele pode ser visto como tendo garantido direção ao povo alemão, ou pelo menos a uma porção significativa dele, quando o povo foi confrontado pelos ensinamentos ortodoxos da igreja ocidental que eram estranhos a ele.


Enquanto os autores dos estudos recentes, notavelmente Angebert e Ravenscroft, e em menor medida Pauwels e Bergier, notaram a importância dos cátaros ao longo do século XIV, eles não foram suficientemente longe em suas pesquisas. É verdade, como veremos abaixo, que os "Purificados" preservaram, por um tempo, o Graal e outros artefatos relacionatos, mas eles chegaram relativamente atrasados, tanto doutrinariamente e em termos de interesse e preservação do Graal.


A Heresia Marcionita


Devemos retornar ao século II d.C., a Marcião de Sinope em Pontus, para ver o desenvolvimento de todo o corpo literário cercando o Graal. Boa parte do que ficou em contradistinção tanto ao Catolicismo Ocidental e ao cisma ortodoxo posterior daquela igreja, pode ser visto ao menos germinalmente em Marcião. Ele, como muitos, lutou com o grande problema do mal. A igreja ainda não havia decidido naquele momento sua própria explicação para o mal no mundo. A questão estava longe de ser pacificada quando Marcião estava escrevendo.


Os marcionitas acreditavam que o mal era uma força efetivamente real, e não meramente a privação de algum bem. Pode-se, como simplificação, considerar tal poder maligno como o diabo, Satã, ou o Senhor das Moscas. Ele é um poder a ser reconhecido. O mundo seria a fonte de pecado e corrupção, e deveria ser evitado. Ele havia sido criado exatamente como o Velho Testamento havia dito, mas não por Deus. Havia um ser menor, ou seres, como os "artífices do mundo" da Grécia clássica. Algumas vezes conhecido como um Demiurgo, aquele criador possuía uma fagulha de divindade, pois ele era um filho de Deus, uma emanação do Altíssimo. O homem naturalmente anseia por seu verdadeiro lar, mas este é desconhecido a ele. Ele está preso em um mundo de corrupção e ruína: na matéria, no mundo material, que não é criação de Deus.





Para Marcião, o Velho Testamento era uma mentira porque ele era a história de um falso deus, um enganador: Jeová. Ele e a maioria, senão todos, de seus vários personagens eram uma mentira, e deveriam ser rejeitados. Os judeus ele considerava como sendo o povo de Jeová, ou seja, uma raça dedicada ao falso deus. Ele concordava com os judeus em um ponto: seu Messias ainda não havia vindo. Jesus Cristo não era seu redentro; ele havia vindo liberar os homens da falsa religião de Jeová. Em seu dualismo anti-cósmico, Marcião colocou o Deus desconhecido em oposição ao inferior deus-criador, Jeová. A salvação da humanidade significava, em uma palavra, liberação em relação a Jeová.


O contraste entre ambos os mundos e seus respectivos deuses é muito grande. Jeová é apresentado por Marcião como um guerreiro-vingador, interessado em perpetuar um mundo de retribuição. O gentil Jesus é o agente do Deus desconhecido, e ele é misericordioso e repleto de amor. Não pode-se conhecer o Deus desconhecido diretamente, e ainda que ele tenha sido intuído pelos homens, ele não foi revelado como existente até Jesus vir ao mundo. Jeová estava em casa no mundo material porque ele era sua imagem reflexa, feito a sua imagem e semelhança. O verdadeiro Deus não poderia existir nesse mundo, pois ele é puro Espírito e está em oposição direta ao conflito e desordem que é inerente na matéria.


Os marcionistas rejeitavam toda e qualquer coisa que ligava o homem ao mundo material, ou que parecia ligar o homem a ele, ou que parecia sugerir redenção física ou conversão das coisas materiais. Assim eles rejeitavam o batismo, exceto como uma manifestação de seu desdém pelo mundo material. A Santa Comunhão era uma grande contradição, pois tinha como seu conteúdo primário a transfiguração de coisas materiais ao reino do espírito e do Deus desconhecido. Todos os prazeres terrenos deviam ser evitados como distrações que ligam o homem ao mundo temporal. O contato sexual era outro laço sério ao mundo visível. A procriação de crianças significava que mais fagulhas do Espírito seriam aprisionadas no mundo das lágrimas e mentiras.


Porque ele é pura bondade e misericórdia, o Deus desconhecido adotou a humanidade, ou pelo menos aquela porção que era sua própria e para a qual ele podia vir, e que aceitaria e amaria a ele. Deus deu-nos Graça livremente para ajudar em nossa salvação, não porque nós como seres inferiores não poderíamos merecê-la, mas porque ele amava-nos apesar de não conhecer-nos. Essa é a doutrina da "Pura Graça", uma parte quintessencial da teologia marcionita. Essa, em certo sentido, é a totalidade da religião. Deus amava o mundo de tal forma que, ainda que desconhecidos a ele, ele escolheu trazer os homens para viver com ele de modo que ele e os homens pudessem vir a conhecer um ao outro em um mundo completamente removido da corrupção do mundo presente.


A moralidade não era considerada como conformidade a alguma lei da Natureza; a natureza era física, e assim corrupta. Deus não estava no mundo. As leis naturais eram a personificação do Demiurgo, Satanás, não do Deus Desconhecido. Dever-se-ia evitar o contato com a natureza em todas as suas formas visíveis, pois ela leva para longe do verdadeiro Deus.


Conquanto seja a fé, e não o conhecimento, que leva a Deus, nós devemos ter acesso e conhecer o conhecimento especial de que muito do que passa por religião é falso. Nós devemos saber, no esquema de Marcião, que o Deus Desconhecido é Deus, e que o criador do mundo é apenas um eon, uma emanação maligna de Deus. Cristo, o Filho de Deus veio para dar-nos a conhecer aquilo que não podemos conhecer diretamente, por conta própria. Que nós estamos presos na matéria sem esperança de redenção a não ser que nós conheçamos a fé correta é uma questão de revelação especial, gnóstica. Que Deus convida a nós, estranhos, para sua casa sem qualquer conhecimento de nós, ou nós dele, é um cânon de fé que pode ser conhecido apenas através desse conhecimento especial.





Marcião descartou elementos do Novo Testamento dos quais ele não gostava. O que restou foram porções expurgadas dos Evangelhos (principalmente Lucas), algumas das cartas de Paulo, e pedaços dos Atos dos Apóstolos. É notável que a Igreja ocidental não havia, àquela época, codificado o Novo Testamento. Marcião foi mais restritivo do que a maioria dos sacerdotes da época em sua escolha dos ma teriais aceitáveis para os serviços. Ele rejeitava o Velho Testamento completamente, ainda que uma deviação da época, possivelmente não marcionita, desenvolveu-se em uma adoração da serpente, baseada no conto do Velho Testamento da tentação de Eva pela serpente. Presumivelmente, a serpente era um símbolo positivo pois estava em contradistinção àqueles que Marcião havia considerado personagens malignos. Acreditava-se que a serpente trazia certo conhecimento de Satanás, o criador de Adão e Eva.


Ao censurar o Novo Testamento, Marcião retirou aquelas referências feitas à infância de Cristo. Como Jesus era o mensageiro do Altíssimo, o Deus Desconhecido, ele não poderia estar imerso na matéria. Sem ter que materializar, Jesus parecia ter um corpo e apenas em Cafarnaum. Ele veio para salvar aqueles que rejeitassem o Judaísmo e Jeová. O que seu precioso sangue comprou, em um sentido metafórico, foi a liberdade em relação ao falso deus, Jeová. Ele ofereceu um batismo que rejeitaria o mundo e todos os seus males materiais. Dever-se-ia "casar" apenas com Cristo de modo que a procriação fosse evitada e o homem pudesse escapar do mundo material. Ainda que o mundo material continuasse existindo, Cristo havia vindo para destruir, como idéia, o mundo de Jeová.


A Heresia Maniquéia


Poucas deviações religiosas na igreja ocidental tiveram maior impacto ou efeitos mais duradouros do que o Maniqueísmo. Fundado por Mani na Mesopotâmia por volta de 242 d.C., ele foi um dos principais rivais do cristianismo ortodoxo. Mani foi martirizado pela igreja ocidental em 276 d.C. Entre os primeiros adeptos esteve o grande apologista da Igreja Católica, Santo Agostinho, que praticou seus dogmas de 373 a 382. Sua Cidade de Deus possui fortes tendências maniquéias em sua dicotomia absoluta entre bem e mal, e entre cidado do homem (mundo visível) e Cidade de Deus (reino do espírito).


Mani refletia o background gnóstico da região e dos tempos. A origem do mal está na natureza da própria matéria. Sua multiplicidade é radicalmente oposta à espiritualidade de Deus. A matéria é um mal que nunca pode ser redimido; é eternamente má. A alma é divina, ou similar ao divino, pois é imaterial e simples. O corpo do homem não é mais que uma prisão na qual a alma está presa. A redenção pode ser encontrada apenas na morte.


O Demiurgo, ou criador menor, criou o mundo visível a partir de partículas que pertenciam aos poderes das trevas. Esses poderes são opostos a Deus e a todo o reino do espírito. Eles estão perpetuamente presos no mundo da matéria. Eles enfeitiçam o homem a usar seus poderes sexuais para continuamente procriar de modo que partes do Espírito sejam aprisionadas nos corpos dos homens. De outro modo os corpos permaneceriam sem vida, cascas vazias, e não haveria ninguém para que os poderes das trevas controlassem.


A dicotomia é chamada dualismo anti-cósmico. Ele subjaz todas as obras principais do gnosticismo, mas especialmente do maniqueísmo. O pecado é concomitante com a própria vida no mundo material. Apenas a fagulha da vida, o espírito humano, é apto para a ação e pensamento divinos, e para a redenção. Necessariamente esse dualismo concluiu que tudo que seja finito (logo limitado no tempo) é maligno; tudo que seja eterno é bom, e o espírito do homem é uma fagulha do fogo eterno de Deus.


O maniqueísmo possuía uma rígida ética. A humanidade estava proibida de matar animais ou de derramar sangue. O sexo era condenado pelas razões indicadas acima. Dever-se-ia rejeitar Satanás, o mundo, todas as coisas materiais, e toda felicidade baseada no prazer dos bens materais. O eleito ou perfeito viajava pedindo comida. Eles ignoravam leis seculares que fossem de qualquer maneira antitéticas com sua religião, e abertamente buscavam martírio por suas crenças. Uma porção significativa da comunidade estava devotada a orações e jejuns, e era dependente de alojamento e hospitalidade dos crentes comuns.


Em um sentido estrito, os maniqueus não eram cristãos. Eles aceitavam Cristo como tendo sido um ser divino, ou, pelo menos, um ser guiado pelo Espírito Santo. Mas eles também aceitavam como tal todos os principais líderes de religiões: Buda, Lao-Tsé e outros. Eles rejeitavam a idéia de encarnação que é fundamental na Cristandade. Jesus apenas parecia ser um homem. Ele não foi crucificado; ele foi, em todos os momentos, onipresente. Alguns dos críticos do maniqueísmo acusavam o culto de panteísmo. É verdade que os maniqueis não viam utilidade para a maioria das crenças cristãs. Eles rejeitavam a Sagrada Comunhão por esta ser inútil devido a onipresença de Jesus. Eles rejeitavam as relíquias, tal como a cruz, parcialmente porque os artefatos eram materiais e parcialmente porque eles não tinham maior relevância que qualquer outro item físico, já que Deus está em todo lugar.


O termo maniqueísmo veio a representar qualquer e toda variedade de dualismo na qual matéria e espírito são necessariamente e essencialmente opostos. O movimento desapareceu provavelmente por duas razões. Era extremamente antissocial em sua rejeição do sexo e por sua exclusividade. Ia longe demais rejeitando guerra, violência e derramamento de sangue em uma era que estava tentada demais em guerrear tanto por conquista como em defesa. Mas o termo e muitas das idéias perduraram, sua fagulha vital sendo carregada por outros.


Agápio (c. 450 d.C.) tentou uma fusão de maniqueísmo e cristianismo. Ele continuou a crença em um deus maligno, uma força auto-subsistente que é tanto eterna como oposta a Deus. Ele clamou pela rejeição da totalidade do Antigo Testamento afirmando que este seria repleto de mentiras e enganação. Ele, também, condenou os prazeres terrenos, inclusive o sexo. Porém ele acreditava na doutrina da Trindade, na Encarnação, no batismo para remissão dos pecados, na Crucificação, na Ressurreição e no Juízo Final, e na ressurreição do corpo material glorificado. Sua fusão, ainda que intrigante, teve apenas o papel de elo na cadeia temporal.


Os paulicianos são outra coisa, já que eles serviram como elo entre o maniqueísmo e os cátaros, de 668 d.C., quando o culto foi organizado, até depois de 1200. Em 869, Pedro da Sicília escreveu um ataque contra os paulicianos em suaHistoria Manichaeorum.


As origens do paulicianismo são obscuras. Os ensinamentos são traçados por algumas autoridades a Paulo e João de Samosata. O nome pode ter sido derivado deste Paulo, ou pode referir-se a devoção da seita pelas dez cartas de São Paulo (Saulo). Outros indicam que seria uma tentativa de diminuir o movimento como os "pequenos discípulos de Paulo".


Publicamente, os paulicianos rejeitavam o maniqueísmo, mas privadamente eles adotaram o dualismo gnóstico e muitos outros de seus ensinamentos. Eles rejeitavam o Velho Testamento como uma obra de enganação. Eles afirmavam que ele havia sido escrito por uma raça de ladrões e mentirosos, e era inspirado pela adoração do falso deus, um demiurgo, Jeová. Eles odiavam os judeus por um segundo motivo, como juízes e condenadores de Cristo. Eles somente não condenavam-os como assassinos de Cristo porque eles viam a Crucificação como uma ilusão. Eles viam Pedro como o típico judeu que, sob pressão e em perigo, traiu Cristo e negou-o.





Eles atacavam a igreja tradicional por diversos motivos. Eles viam o traje sacerdotal como a fantasia de Satanás. Eles desprezavam a ênfase colocada na Paixão e Crucificação por estas serem ilusões ou mentiras deliberadas. Cristo não possuía corpo físico feito da matéria corrupta desse mundo. Seu "corpo" era uma ilusão oferecida aos homens como um ponto de referência conveniente. A comunhão era uma oferta de coisas materiais, água ou vinho e pão, e assim não podia ser sagrada. A verdadeira Eucaristia, eles ensinavam, estava nas palavras e pensamentos de Cristo.


Superficialmente eles pareciam cristãos ortodoxos, pois eles faziam uma distinção entre coisas feitas superficialmente sem significado e aquelas feitas privadamente com significado especial. A Bíblia, até mesmo o odiado Velho Testamento, era aceito para usos exotéricos, enquanto os Iniciados usavam ritos esotéricos em privado. Eles acreditavam que a fé era o grande fator de orientação para alcançar a salvação (daí seu amor por Paulo). Mas eles também acreditavam que havia certos significados ocultos e palavras reveladas que os Iniciados deviam conhecer de modo a escapar do mundo material. Estas eles mantinham em segredo, em seus serviços clandestinos.


Em uma área eles diferiam do maniqueísmo. Eles estavam dispostos a lutar e morrer. Muito de seu sucesso veio em oposição aos exércitos de Bizâncio e, depois, dos impérios búlgaros. Eles espalavam a palavra com a espada bem como com a Bíblia. Talvez seu impacto na história seja maior por causa de sua habilidade de combate do que por suas idéias. Ainda que eles usualmente não impusessem a conversão, a mera visão de seus poderosos exércitos em campo deve ter tido impacto significativo sobre a população local. Seu poder alcançou o ápico sob Tíquico, por volta de 801 a 835 d.C., ainda que remanescentes tenham permanecido ativos até pelo menos 1200.


Idéias paulicianas e maniquéias fundiram-se em um movimento bastante original que apareceu na Bulgária por volta de 950 d.C. Nosso único ponto de referência autêntico é uma notação de que eles foram primeiro estudados enquanto o Tzar Pedro reinava na Bulgária. Pedro morreu em 969. Os bogomilos eram um grupo de iniciados possuidores de idéias e escritos secretos, cujo nome indicam "Deus tenha Misericórdia" ou "Misericórdia de Deus" ou "Amados de Deus".


Sua posição altamente original na teologia começa com o dualismo gnóstico da matéria como maligna e do espírito como bom. Na história do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32) eles encontram uma alegoria. Cristo é o bom filho que permanecem com o pai e o diabo é o filho que parte para fazer o mal. O diabo (Satanel como os bogomilos chamavam) era o filho de Deus e irmão de Cristo. Uma história posterior que conta-nos dos bogomilos é como segue. O diabo fez o corpo de Adão. Ele tentou anima-lo com uma fagulha do eterno (alma) que ele havia roubado de Deus, mas a alma não ficava no lugar. A alma continuamente saía pelo ânus. Eventualmente o diabo foi capaz de prendê-la e a alma era suficiente para animar o corpo. O diabo fez o corpo da água e da terra.


Em uma segunda versão da história a água fluía do dedão de Adão e formava uma corrente d'água que apareceu a Adão como uma serpente. A serpente tentou alertar Adão para a mentira de Satanel e foi assim amaldiçoada por ele. Eventualmente, Deus e seu filho pródigo chegaram a um acordo: cada um governaria uma parte do homem. Deus governaria aquilo que havia sido roubado dele, o Espírito do homem; o diabo governaria o corpo.


Para impedir o fim da humanidade, e assim por fim ao controle de Satanel sobre o homem através de seu corpo, o diabo deve continuar a raça humana. Ele poderia realizar isso apenas continuamente aprisionando o Espírito na matéria. Ele assim usa o sexo como instrumento primário de controle. Sem sexo e procriação não haveria sujeitos futuros ao controle de Satanel. Assim, o casamento deveria ser rejeitado pelo verdadeiro crente.


A porção esotérico do culto bogomil ensinava que mensagens estavam escondidas nos evangelhos, atos dos apóstolos e cartas de Paulo. Tinha-se que ter uma certa chave para revelar os segredos. Por razões que não estão claras, mas talvez por medo dos judeus, as mensagens estavam presentes em charadas, alegorias e metáforas. A interpretação correta desses materiais era vital para a salvação.


Os bogomilos rejeitavam a cruz - ela era um símbolo do mal. Nela os judeus haviam realmente ou simbolicamente crucificado Cristo. Mesmo que tente-se reconciliar o dualismo que impede Cristo de ter tido um corpo com o ódio pelos judeus como "assassinos de Cristo" fica-se com a idéia no bogomilimo de que eles condenaram Cristo e seu ensinamento. A Cruz pode simbolicamente ser interpretada como representando essa condenação e rejeição.


Os bogomilos não faziam distinção entre sacerdotes e leigos. Era uma organização governada democraticamente sem hierarquia até aproximadamente 1200. Eles eram mais contemplativos que os paulicianos, menos dados a ação, e aparentemente não-violentos. Caso eles tivessem sido mais ativos militarmente sua estrutura organizacional poderia ter sido maior. Eles não tentaram criar um regime temporal.


A rejeição usual dos sacramentos marcava o bogomilismo. O casamento leva à criação continuada de corpos materiais. A comunhão é uma tentativa de fazer o impossível: santificar a matéria que é maligna e não pode ser abençoada. Relíquas são rejeitadas, e igrejas formais pela mesma razão.


Os fundagiagitas podem ser considerados como uma forma ou aplicação do bogomilismo e, em certa medida, do paulicianismo. Eles foram provavelmente fundados por João Tzurillas na Bulgária por volta de 1050, e espalhou-se pela Bulgária e Bizâncio. Era uma seita mais disposta que os bogomilos a fingir adesão aos dogmas da Cristandade Ortodoxa organizada. Era difícil descobrir seus aderentes durante as muitas perseguições de cristãos não-ortodoxos na Bulgária e Bizâncio.





Os fundagiagitas foram acusados de adorar o demônio, e de terem uma satanologia desenvolvida. A acusação vem de uma leitura equivocada de seu interesse em Satanel como um filho de Deus e como o criador desse mundo. Deus criou seis céus, e Satanel o céu restante. Satanel enganou os outros demônios em rebelarem-se contra Deus; percebendo que haviam sido enganados, esses outros anjos caídos resolveram criar uma raça de ajudantes para a humanidade. Isso eles fizeram gerando uma raça de gigantes com as filhas dos homens.


Moisés havia levado os judeus ao erro, os fundagiagitas afirmavam, ao adorar apenas Satanel, e em oferecer aos homens a lei que foi escrita por Satanel, não por Deus. Outros homens rebelaram-se, incitados pelos gigantes que haviam sido instruídos por seus pais. Em retaliação, Satanel causou o dilúvio universal que matou a todos menos Noé que havia permanecido fiel a ele. Nesse culto, muito poucas das figuras do Velho Testamento eram dignas de algo além da eterna danação.


Satanel havia roubado a fagulha de Deus que tornou-se o espírito do homem. Isso era representado metaforicamente como a luz do Sol disposta contra a escuridão eterna do reino de Satanel. O espírito do homem clamava por redenção, assim Deus enviou seu filho Jesus Cristo para resgatá-lo. Após salvar os homens, ou aquela porção para a qual ele veio e que recebeu-o, Jesus retornou ao céu. Na ascensão ele aprisionou Satanel, e removeu dele sua divindade, apóso que o diabo tornou-se Satã, o "el" tendo sido apropriadamente abandonado (O "el" indicava "de Deus"). Os ensinamentos de Jesus foram estruturados exclusivamente para liberar os homens de Satanel e de seus servos na Terra, os judeus, seguidores de Moisés e Noé.


Os Puros

No Mito do Século XX, Alfred Rosenberg passa muito tempo discutindo os cátaros, também conhecidos como os albigenses ou puros. Ele claramente preferia seu tipo de cristianismo à versão católica romana. Eles foram os portadores da tradição maniquéia, como influenciada pelos bogomilos, paulicianos, e outros, para dentro da Europa Central, nos anos anteriores à Reforma. Tivessem os cátaros sido mais militarmente ativos teriam sido eles, não Lutero e Calvino, que poderiam ter ganho um lugar na história como os reformadores do cristianismo e rebeldes bem sucedidos contra a igreja. Do modo como as coisas ocorreram, eles foram contidos com sucesso pela Igreja Católica e príncipes aliados.


Nós encontramos os cátaros emergindo por volta de 1025 d.C., na Alemanha, Itália e França, também espalhando-se para a Inglaterra e Flanders. Originalmente eles eram simplesmente "os novos maniqueus", e foram assim categorizados por aqueles que a Igreja enviou para eliminar a heresia recorrente. Há muitas lendas sobre os fundadores da heresia cátara, mas nenhuma figura singular ou pequeno grupo identificável pode receber crédito. Gerbert de Aurillac, Arcebispo de Reims, por exemplo, em 991 fez uma declaração de princípios que era decididamente gnóstica e manquéia, mas não pode-se dizer que foi ele que liderou ou encorajou a difusão da religião cátara. Em 1028 Guilherme V, Duque da Aquitânia, convocou um concílio de bispos para lider com a heresia, e lá sustentou-se que ela havia espalhado-se do Norte a partir da Itália. Ademar de Chabannes acreditava que uma mulher e outro camponês haviam levado a doutrina para a França, talvez da Itália. Os estudiosos modernos sugerem que uma porção dela, pelo menos, veio da Bulgária, Armênia, e/ou Império Bizantino, com outra porção vindo do Império Muçulmano, onde havia uma tolerância incomum por seitas gnósticas estranhas.


Suas doutrinas podem ser conhecidas principalmente a paritr de fontes católicas romanas, majoritariamente de registros mantidos de interrogatório de prisioneiros. Nenhum livro similar à Chave da Verdade foi encontrado, traduzido e disseminado até agora para explicar o lado cátaro da controvérsia sobre sua doutrina. A maior parte dos estudos modernos começam com um alerta de que os registors da Inquisição, mesmo se precisos, foram conseguidos daqueles sob tortura, e assim aqueles questionados estavam predispostos a dizer o que seu torturador queria ouvir. Também, os registros foram obtidos de camponeses ignorantes cujas idéias de teologia contradizem umas às outras, e pode ser que nenhuma seja correta e sua explicação da teologia. Por último, nós devemos notar que a heresia cátara existiu claramente por mais de dois séculos e não possuía qualquer autoridade central similar ao papado para determinar universalmente uma doutrina.

Os cátaros eram claramente dualistas no sentido maniqueísta clássico. As primeiras referências a eles afirmam que havia uma nova epidemia do velho nêmesis da Igreja, o maniqueísmo. Intermitentemente día em diante os cátaros foram chamados maniqueus. As autoridades ainda não decidiram, com base nos testemunhos disponíveis, se o dualismo cátaro era de deus eternos tradicionalmente opostos, ou se era do tipo monárquico. Pode ter havido graus de cada heresia existindo simultaneamente. O dualismo monárquico sugere que a potência do mal é um ser em todas as maneiras inferior a Deus, e que a força do mal desaparecerá quando o mundo material cessar. O dualismo tradicional, baseado em certa medida nos ensinamentos do sábio persa Zoroastro sugere que há dois igualmente eternos e poderosos seres, um bom e um mal.




Os cátaros aceitavam um número limitado de escritos bíblicos, e excluíam a maioria do Velho Testamento. Vários livros, aos quais o Novo Testamento recorria costumeiramente, foram mantidos, notavelmente os Salmos. O Jeová dos judeus era descartado como sendo ou uma encarnação ou forma de Satã, ou como sendo meramente um artífice do mundo e não Deus. Eles davam interpretações esotéricas à Escritura, incluindo a proscrição de comer carne. As porções do Novo Testamento que não encaixavam-se em seus propósitos foram removidas, usualmente com a justificativa de que essas haviam sido acrescentadas pelos judeus para confundir os fiéis.


Havia uma distinção significativa feita entre os Perfeitos e os leigos dentro do Catarismo. Os leigos eram aqueles que estavam aprendendo o verdadeiro Cristianismo. Eles podiam casar-se, ou continuar a viver casados, se quisessem. Os iniciados que haviam assumido os votos finais do culto não podiam ter intercurso sexual ou viver em ambiente familiar. O período de treinamento costumava durar vários anos ou mesmo uma década ou mais. Muitos cátaros adiavam fazer os votos até estarem próximos da morte, para que eles não fossem obrigados a seguir o código moral muito mais rígido requerido dos Perfeitos.


O grande sacramento da religião cátara era o Consolamentum. Ele era feito no lar de um Perfeito ou de um simpatizante. Começava com uma confissão comunal de pecados e falhas chamada o Servitium. Todos aqueles presentes, Perfeitos ou seguidores, participavam. Um Perfeito sênior mantinha erguida uma cópia das Escrituras. As transcrições do que a cerimônia consistia que vieram a nós, não contem nada que seja chocante, ou antitético ao cristianismo ortodoxo. O mais perto que chega de heresia é na ênfase colocada nos pecados de tipo material, notavelmente nos pecados da carne.


A iniciação do candidato no rito final dos Perfeitos era razoavelmente simples. Ela era repleta com escritos dos pais da Igreja aceitos e das Escrituras expurgadas, mas consistia principalmente na rejeição de coisas que eram ofensivas aos cátaros. O candidato jurava não comer carne, não engajar em vaidades mundanas, não mentir, enganar, blasfemar, e coisas similares. A Igreja Católica Romana alega que foi nesse ponto que a rejeição de todas as coisas católicas ocorria. O catecúmeno era lembrado que aqui, diante de Deus, ele jurava fidelidade eterna a sua religião. Indubitavelmente, era pedido a ele que renunciasse aos Sacramentos, já que estes estavam ligados ao mundo material, e a diversos cânones da fé.


Os cátaros não bebiam vinho, e eles faziam objeção à Sagrada Comunhão por considerarem que nada material poderia ser tornado santo ou purificado aos olhos de Deus. Isso, como nós já vimos, é padrão no dualismo anti-cósmico e gnóstico. A confissão era algo aberto, e não algo feito ao sacerdócio. A cruz era bastante objetável, sob a justificativa de que ela era o símbolo da paixão, ainda que eles geralmente acreditassem que Cristo não possuía corpo e apenas parecia sofrer. O fato de que os judeus haviam buscado crucificar e condenar Jesus era razão suficiente para odiar a cruz, mesmo se Cristo não tivesse realmente sido crucificado.


Alguns cátaros pareciam ser adocionistas. Aqui, eles acreditavam que um homem como qualquer um de nós - porém não judeu - havia nascido, a partir da carne de Maria, provavelmente filho de José, mas não nascido de uma virgem, e não nascido de alguém eternamente isento de pecado (Imaculada Concepção). À época do batismo por João, quando Deus disse as palavras "Este é meu Filho amado, em quem me comprazo", Jesus foi mesmerizado ou possuído por Deus. A "adoção" permanecem ao longo da crucificação, e possivelmente Deus removeu a si mesmo do homem ou no Jardim de Gethsemane ou na cruz ("Meu Deus, meu deus, por que me abandonaste?"). A maioria daqueles que aceitam o adocionismo acreditam que o homem, e não o homem-Deus, foi crucificado.


Provavelmente a corrente principal dos cátaros acreditava que Deus não havia, e não podia, tornado-se carne, porque a carne é material e, portanto, corrupta. Ele apenas parecia aos homens ter um corpo, como uma conveniência para os homens poderem vê-lo. Esse ponto-de-vista possui um benefício secundário: ele precluía ter que importar-se se Crista era ou não judeu. Este era um problema de preocupação considerável para um grupo que havia rejeitado completamente o judaísmo e seus escritos, profetas, pensamentos, e leis do Velho Testamento.


A doutrina tradicional sobre céu, inferno e purgatório eram inaceitáveis para os cátaros. A Terra, como o mundo material do diabo e da corrupção, era o Inferno. Apenas aqueles que renunciavam a carne e Satã poderiam ser aceitos no Céu. O Consolamentum era a purgação do mal e da corrupção do homem. Assim, não havia necessidade de um segundo lugar no qual essa limpeza poderia ocorrer. Similarmente, não havia necessidade de orar pelos mortos. Alguns dos mortos haviam alcançado o Céu acima da corrupção do mundo material, e, portanto, não precisavam de ajuda. Outros continuavam a ter seus espíritos aprisionados no mundo.


Nenhuma das obras consultadas a respeito do Catarismo abordou a questão da reencarnação, mas ela parece ser uma consequência lógica da religião. Se uma alma não era capaz de escapar da matéria, não seria ela forçada a retornar para tentar novamente? Ou seria que uma alma que falhasse em erguer-se do mundo material em uma única tentativa da vida passada aqui estava eternamente aprisionada na matéria de alguma maneira? As fontes que temos mantem silêncio nessa questão importante.


Poder-se-ia perguntar também se era necessário para os cátaros que todos os homens tivessem essa fagulha do Deus Eterno. Isso não é abordado nas fontes existentes tampouco. Uma lenda sugere que Satã invadiu o lar celestial suficientemente bem para capturar um terço dos espíritos e estes ele aprisionou em corpos terrenos. Porém, a lenda não afirma claramente que esse número era suficiente para responder por toda a humanidade. Esse, precisamente, é o problema principal nas doutrinas cátaras: elas falam em mitos, parábolas e lendas, e não infrequentemente contradizem-se.


Exceto em um sentido altamente simbólico, Maria não possui papel nos ensinamentos cátaros. Alguns mantinham que ela era, como uma virgem, um símbolo para a Igreja em sua forma mais abastrata. Um aparte sustentava que Maria foi um veículo através do qual um éon passou em seu caminho para a Terra; e uma variante sustentava ter Cristo passado através dela, mas através da orelha, não através da rota usual.


A Inquisição acusou os cátaros de serem panteístas. Em um sentido espiritual, algo de Deus pode ser dito como estando em todas as coisas. Contrariamente, nada material poderia abrigar Deus, como na rejeição cátara da Comunhão, porque Deus era a antítese da diversidade e multiplicidade materialistas. Os cátaros geralmente respondiam a perguntas sobre a presença de Deus na Igreja ou na Comunhão dizendo que Deus não estava mais presente aqui do que lá. Alguns cátaros evidentemente acreditavam que Deus, sendo onipotente, poderia entrar na matéria, ou assumir a aparência da matéria, à vontade, para enganar o Diabo e resgatar os Homens da Luz de sua prisão material. Assim, em qualquer dado momento, Deus podia estar presente em qualquer coisa aparentemente material, ou aparecer a todos, inclusive ao Diabo, como um ente material.


A lista de figuras invertidas em seu status moral é tão longa quanto intrigante. Jeová, como nós vimos, era o Deus Judeu, tão maligno quanto falso, uma forma de Satã (ou Satã encarnado). Abraão e Moisés eram ditos como sendo inspirados pelo Diabo. João Batista era maligno porque ele batizava na água (ou seja, em um ente material) ao invés de batizar no Espírito. Os vários personagens que destruíam, ou que tinham participação em destruir outros - como no roubo dos canaanitas para obter a "terra do leite e do mel" - eram condenados.


Rosenberg e Gnosticismo


Os cátaros serviam como um ponto de partida extremamente conveniente para o ataque de Alfred Rosenberg tanto contra a Igreja Católica como contra o Judaísmo. É impossível mostrar seu desenvolvimento intelectual, para dizer se seu desdém por essas duas instituições poderosas brotava de um desprezo geral por ambas, ou se sua análise de sua doutrina e sua história. Porém, há muitas referências ao longo do Mito do Século XX a ambos os grupos como os corruptores do Cristianismo e da verdadeira mensagem de Deus, e a essas organizações como perseguidoras dos cátaros.


Pode-se assumir que a referência favorável constante de Rosenberg aos cátaros sugere que ele acreditava que eles possuíam a chave para o Cristianismo verdadeiro. Rosenberg insistia ao longo de seus escritos e discursos que ele era cristão. Ele criticava a Igreja Romana pelas razões usuais que encontra-se na Europa pós-Reforma. Mas havia muito mais do que isso. A Reforma não havia ido longo o bastante. Lutero e Calvino, e outros, haviam começado na direção correta, mas haviam falhado.


Pode-se comparar os protestantes aos waldenses que foram contemporâneos dos cátaros. Os waldenses não eram de modo algum dogmáticos e eles gastavam pouco tempo com questões de doutrina esotérica. Eles meramente queriam purificar a Igreja, simplificar os serviços, e pôr fim à corrupção entre o clero. Em resumo, eles queriam reformar a Igreja para conformá-la mais à Igreja "simples" que eles acreditavam ter existido durante os Atos dos Apóstolos. Esses, basicamente, eram os objetivos e resultados do Protestantismo. Ao "simplificar" eles queriam reduzir o número e a complexidade dos sacramentos e o domínio da autoridade central sobre questões de fé, moralidade e buroracia. As disputas doutrinárias eram mínimas, e em geral não mais compreensíveis do que a diferença entre a transubstanciação católica e a consubstanciação luterana. As diferenças doutrinárias eram de importância mínima para a maior parte dos fiéis.


Assim, Lutera deu grande importância à interpretação literal da totalidade da Bíblia, e rejeitou tendências a expurgar o Velho Testamento. A questão de uma Bíblia vernacular era mais importante do que qualquer processo de "purificar" o conteúdo. Os calvinistas davam ainda maior atenção ao Velho Testamento do que a Igreja Católica. A forma puritana até mesmo tentou reinstituir o Governo dos Juízes e a teocracia do Velho Testamento quando eles chegaram ao poder na Nova Inglaterra, e muitos dos Diggers tentaram fazer o mesmo na Inglaterra.


Lutero tinha a maior das reverências pela palavra literal de Paulo. Os cátaros e outros gnósticos fizeram muito uso de Paulo, mas de modo tão elevadamente simbólico que uma afirmação justa sobre a situação poderia ser a de que eles meramente usaram Paulo como ponto-de-partido para suas idéias esotéricas. É com Paulo, especialmente em uma interpretação literal de Paulo, que Rosenberg tinha seu principal problema com o Cristianismo. Rosenberg via em Paulo uma hipocrisia conclusiva, na medida em que Paulo negou a Lei, porém deu grande atenção ao desenvolvimento da mesma Lei. Ele rejeitou o Código Mosaico sob aquele nome como rigoroso demais, mas tentou codificar uma Lei para os cristãos que, Rosenberg disse, era meramente o Código Mosaico sob um novo nome.


Para Rosenberg, Paulo foi o grande conspirador. Vendo que a nova religião de Cristo não podia ser derrotada, que ela ameaçava o judaísmo, os judeus enviaram Paulo para transformá-la. Porque o Novo Testamento culpava os judeus pela morte de Cristo ("Seu sangue caia sobre nós...") ele assumiria ou ao menos poderia assumir um caráter anti-judaico. Então os judeus decidiram, segundo Rosenberg, enviar um dos seus, em efeito sacrificando-o, para redirecionar o Cristianismo. Era simples assim: Cristo havia vindo para os seus, e os seus não receberam-no. Os judeus foram então excomungados. Mas ao redirecionar o cristianismo, Paulo fez parecer que os judeus não eram párias.


Se não fosse por Paulo, Rosenberg dizia, o Cristianismo teria sido como os "hereges" como os bogomilos, maniqueus, paulicianos ou cátaros. Ele teria rejeitado o Velho Testamento, removido os judeus e seu Jeová, e fundado uma religião anti-judaica.


Nós consideramos incomumente difícil descobrir precisamente quanto da teologia dualista anti-cósmica Rosenberg dominou. Nós não sabemos precisamente que livros ele leu ou descobriu. Nem nós sabemos precisamente o que o "Departamento Oculto" da SS encontrou.

Após a queda da última fortaleza cátara, em outubro de 1244 d.C., em Montségur, um pequeno grupo conseguiu atravessar as linhas católicas e levou embora os tesouros. Entre esses diz-se que estava o Santo Graal, e nele o conhecimento iniciático que o gnosticismo cátaro demandava para a salvação. Esse é o tema principal tanto os livros de Ravenscroft, e de Angebert. A Cruzada contra o Graal de Otto Rahn, publicado durante os anos pré-guerra, sugere que a localização do maior tesouro dos cátaros era conhecido, possivelmente, também, a SS havia localizado livros há muito perdidos de teologia cátara, ou livros mostrando a interpretação cátara esotérica dos livros do Novo Testamento que eles aceitavam. Também, a SS pode ter localizado os comentários cátaros sobre livros há muito usados pelas seitas maniquéias, incluindo livros apócrifos como O Livro de Enoque, O Livro de Adão e Eva, O Evangelho de Tomé, ou A Infância de Jesus.

Ravenscroft acreditava que a Lança de Longino havia há muito sido localizada, em Viena, na tesouraria dos reis hereditários austríacos. A lança, como ele chama-a em seu livro A Lança do Destino era para Ravenscroft um talismã de poder em si mesmo. Ele sugeria, mas não afirmava claramente, que podia ser muito mais.


Nós podemos ficar intrigados, como um adendo, pelo filme Os Caçadoras da Arca Perdida. Em certo sentido, ele sugere que um pequeno grupo sabia que os Nacional-Socialistas estavam caçando certos símbolos, tais como o Santo Graal e a Lança de Longino. Em outro sentido, porque a Arca da Aliança foi escolhida naquele filme? Nada que eu já li sobre Rosenber ou os gnósticos sugere que a Arca tivesse qualquer interesse.


Ademais dos escritos miscelâneos que nós sugerismo aqui, e do Graal, em que consistia o tesouro cátaro? Mais para o tema dessa seção do ensaio, o que Rosenberg acreditaria que ele consistia? E o que sobre isso Rosenberg estudou e considerou? Presumidamente, Ravenscroft e Angebert, pesquisando para seus livros, gastaram muito tempo em considerar respostas para essas perguntas. Ambos concordam que Hitler e os Nacional-Socialistas possuíam a Lança. Nenhum autor afirma de modo evidente que eles possuíam qualquer outro objeto específico ou escrito. Poder-se-ia até mesmo perguntar se, de fato, os cátaros possuíam um tesouro, e, se eles possuíam, se algo dele sobreviveu.


Eu suspeito fortemente que em algum lugar há, ou houve ao fim da guerra, uma quantidade substancial de pesquisas muito importantes sobre o movimento cátaro e o suposto tesouro retirado de Montségur. Elas teriam sido realizadas para o propósito expresso de serem incluídas na base do Cristianismo Nórdico que preocupava tanto Rosenberg quanto Hitler.


Angebert em The Occult and the Third Reich sugere que uma porção substancial do que a SS pesquisou em termos de religião foi colocado em uso pela SS sob Heinrich Himmler e que uma fortaleza especial havia sido garantida por Himmler para o propósito expresso de doutrinar os líderes seletos da SS em um novo culto. Pauwels e Bergier, cuja obra é mais notável por suas afirmações fantásticas desprovidas de qualquer documentação, dizem em Morning of the Magicianque todo um ritual negro devotado a adoração de Satã era realizado por oficiais da SS. A Ordem Negra seria devotada à magia negra, demonologia, e todos os tipos de coisas malignas. Ravenscroft acreditava que Hitler era um mago negro, e um mestre de muitas das ciências ocultas.


Poder-se-ia indicar que acusações similares foram feitas contra os cátaros. Eles haviam oferecido toda uma nova interpretação do Cristianismo e haviam sido queimados em fogueiras e sofrido outros dolorosos martírios. Até que os documentos que ainda possam existir sejam revelados, nós podemos apenas dizer que está dentro do contexto das obras publicadas de Rosenberg que ele estudou tudo que estava disponível sobre os cátaros, e talvez sobre outros maniqueus medievais (em uma definição ampla do maniqueísmo), e que as idéias como ele as compreendia seriam a base para um Cristianismo reconstituído.


É notável que a Igreja Católica Romana agiu rapidamente, e pela primeira vez em muitos séculos atacou uma obra específica, O Mito do Século XX de Rosenberg, em uma encíclica intitulada Mit Brennender Sorge. A emissão de uma encíclica no vernacular era em si mesma algo mais do que levemente irregular e notável. A Igreja Católica Romana também assumiu a posição de exonerar os judeus de qualquer culpa especial pela morte de Cristo, colocando a culpa mais universalmente sobre todos os homens. Essa ação ocorreu depois de O Mito do Século XX ter sido escrito, e em alguma medida, a encíclica pode ser vista como uma reação a Rosenberg e à posição Nacional-Socialista.


Certamente, nada encaixava-se melhor com o pensamento prevalecente no Terceiro Reich do que a posição maniquéia sobre os judeus e o Velho Testamento. Que era bastante possível ser anti-judeu e bom cristão ao mesmo tempo era uma pedra angular da abordagem nórdica da doutrina cristã. Também era importante que os maniqueus medievais podiam assumir que havia uma raça de homens cósmicas que eram corruptos e materialistas e governados por um deus falso e materialista que estavam em oposição a uma raça de homens puros, fundados na rejeição do mundo material e profundamente imersos no reino da fagulha do Criador. A formação dos maniqueus medievais sobre a raça e a antirraça parece uma passagem retirada de um manual nacional-socialista.



"O Mito do Século XX" de Alfred Rosenberg


Alfred Rosenberg foi um dos principais membros do Partido Nacional-Socialista, um dos chefes doutrinários do partido e durante a guerra, ministro de todos os territórios ocupados do Leste europeu.

Seu livro "O Mito do Século XX" escrito em 1930 apresenta uma nova concepção de vida e mundo baseada nos valores pregados pela revolução nacional-socialista.


No decorrer de sua obra, faz diversas referências ao bispo dominicano do século XIV, Eckhart von Hochheim, ao qual presta nítida reverência. Mestre Eckhart (ou Eckehart) foi o principal teólogo do "misticismo do Reno" ou "misticismo dominicano", uma corrente formada por teólogos alemães pertencentes à Ordem Dominicana, outros clérigos de destaque desta corrente foram Johannes Tauler, Heinrich Seuse, Rulman Merswin, discípulos do Mestre Eckhart. Próximo do fim de sua vida, Eckhart foi acusado de heresia pela Inquisição do Vaticano, mas "desapareceu" antes de ser condenado, alguns pesquisadores acreditam que ele tenha vivido e escrito em segredo por alguns anos até morrer.

Os conceitos heréticos propagados por Eckhart e seus "irmãos", corroboram perfeitamente a informação contida em "O Mistério de Belicena Villca" sobre a Ordem Dominicana empregar uma estratégia hiperbórea sutilmente.


A seguir, frases do Mestre Eckhart contidas em "O Mito do Século XX" de A. Rosenberg:


O mestre Eckhart, o prior dos dominicanos, não tem receio em proclamar alegre e abertamente esta confissão básica de toda essência ária. Ele fala através de uma larga vida da "LUZ DO ESPÍRITO NÃO CRIADO E NÃO CRIÁVEL".


A idéia da liberdade não pode ser concebida sem honra, está por sua vez, não pode sem a liberdade.


No que se refere à humildade, na prática a alma se inclina debaixo das criaturas, com o que o ser humano volta a sair de si. Pois bem, seja este sair afora algo por demais excelente, o ficar dentro é, sem embargo, sempre ainda algo mais elevado. A separação total não conhece intenção alguma pela criatura, nem inclinar-se nem elevar-se, ela não quer estar por debaixo nem por cima, quer repousar unicamente em si mesma, sem amor por ninguém nem quer o mal de ninguém. Não persegue a igualdade nem a desigualdade com qualquer outro ser, não quer isso nem aquilo, quer unicamente: ser uma consigo mesma.


OBS: Esta frase contém o mesmo conceito de um dos lemas da Sociedade Thule: Sê uno com Deus, o eterno. Onde “Deus” representa o próprio espírito incriado.


"Chegar a ser um consigo mesmo" queria o Mestre Eckhart. E isso finalmente queremos nós também.


Eu sou tão grande como Deus, ele é tão pequeno como eu, ele não pode estar sobre mim, e eu não posso estar abaixo dele!


A explicação usual da mística (de Eckhart) reafirma cada vez de novo somente o "desfazer-se de si mesmo", o "abandonar a Deus" e vê neste auto entrega a algo distinto a essência da vivência mística...


Os mestres, seja o que escrevam sobre a amplitude que é o céu: a mais mínima capacidade que existe em meu espírito é mais ampla que o amplo céu!


"Acredite-me: para a perfeição também se requer isto, que um se eleve em sua obra, que todas as suas obras se unam em uma obra. Isto deve suceder no Reino de Deus, onde o ser humano é Deus. Então todas as coisas lhe respondem em idioma divino, ali também o ser humano é senhor de todas as suas obras."


Somente um espírito feito livre força Deus a si.


É muito mais importante que obriguemos Deus a vir a nós e não que nós nos obriguemos a chegar a Deus, porque nosso espírito tem como fundamento negar ser um com Deus.


Mais algumas frases do mesmo autor, fora da obra referida:


"Verdadeiramente, você é o Deus escondido no fundo de seu espírito, onde a base de Deus e a base do espírito são uma base."


"Eu falei algumas vezes de uma luz no espírito, uma luz que é incriada e incriável ao ponto de que nós podemos negar a nós mesmos e dar as costas para as coisas criadas, nós devemos achar nossa unidade e benção nesta pequena fagulha em nosso espírito, a qual nem o espaço nem o tempo tocam."


"A descoberta desta essência divina é a meta mais elevada e real da vida. Nosso propósito supremo na vida não é fazer uma fortuna, não é perseguir prazer, nem escrever nosso nome na história, mas é descobrir esta fagulha do divino..."



Outras frases contidas no livro de Rosenberg:


Hoje desperta uma nova fé: o mito do sangue, a fé de que com o sangue se defende também a essência divina do homem. A fé identifica-se com o saber mais nítido de que o sangue representa aquele mistério que substitui e supera aos velhos sacramentos.


Este é um ideal digno de ser ensinado e vivido. E esta vivência e está vida somente são reflexo de uma eternidade pressentida, a missão misteriosa neste mundo, no qual fomos postos para chegar a ser o que somos.


Esta época de loucura agora finalmente termina. A mais forte personalidade não clama hoje pela personalidade, mas pelo tipo; surge um estilo de vida nacional arraigado na terra, um novo tipo alemão de ser humano, "DE ÂNGULOS RETOS NO CORPO E NA ALMA", plasmá-lo é a missão do século XX.

A autêntica personalidade de hoje trata precisamente em seu mais alto desenvolvimento de formar plasticamente aqueles traços, de proclamar mais clamorosamente aqueles pensamentos que ela viveu, viveu de antemão, como traços do novo tipo alemão de ser humano pressentido e, com certeza, antiguíssimo. Tornar-se livre não de mas para algo!


OBS: Referência ao mistério hiperbóreo do ângulo reto, que segundo a maçonaria, só pode ser ultrapassado por Jeová.


Ainda quando nos fosse anunciada a buscada "verdade absoluta", não a poderíamos captar nem compreender, porque de qualquer modo será a-espacial, a-temporal e a-causal.


Deve-se distinguir entre luciférico e satânico. Satânico designa a face moral da superação mecanicista do mundo. Ela é determinada por motivos puramente instintivos. Esta é a posição judia frente ao mundo. Luciférica é a luta pela subjugação da matéria, sem ter a premissa de vantagem subjetiva como motivo impulsor. O primeiro nasce de um caráter a-criador, por conseguinte, nunca encontrará nada, quer dizer, não descobrirá e tampouco nunca inventará realmente; o segundo domina leis naturais com ajuda de leis naturais, as rastreia e constrói fábricas para fazer dócil a matéria.


O ser dinâmico germânico não se manifesta em nenhuma parte como fuga do mundo, mas sim significa superação do mundo, luta. E isso de duas maneiras: religiosa-artística-metafísica e luciférico-empírica.


No cumprimento das leis autocriadas da honra, o velho Hildebrand vê ao mesmo tempo no destino em ação uma concepção que chega até a mais profunda mística germânica, que percebe o "espírito não criado" como Deus, como destino próprio.


O Vendidat expressa tudo isso de forma grande e sublime: “quem semeia trigo, semeia santidade.”


No templo délfico (templo de Apolo) estavam gravadas as palavras: “nada em demasia”, “conhece-te a ti mesmo”, duas confissões homérico-apolíneas.


Igual ao Mestre Eckhart, Goethe sublinhou sempre de novo a lei de nossa existência: que a meditação e a ação são essencialidades do ser humano que em alternação rítmica se condicionam e se acrescentam reciprocamente; que um sinaliza ao outro, recém o faz reconhecível e o torna criador. Retirar-se do mundo e viver para a autocontemplação não fomenta nem sequer nosso autoconhecimento.


Como pode alguém chegar a conhecer-se? Mediante a contemplação jamais, mas sim mediante a ação. Tente fazer teu dever e saberás de imediato o que vale em ti. O dever, entretanto, é a exigência do dia.


O último possível saber de uma raça está inserido em seu primeiro mito religioso. E o reconhecimento deste feito é a última sabedoria do ser humano. Se Goethe disse em seu modo milagroso que o saber nos impressiona como algo sempre novo, que não existiu antes, a sabedoria, por outro lado, impressiona como um "recordar", então com isso —visto desde outro lado— está expressado exatamente o mesmo.


Esta é a última mudança interior, o mito que de novo desperta, de nossa vida.

Assim falaria também o homem de grande ânsia, Paracelso, se hoje ainda vivesse entre nós. Um ser desperto num mundo inflado de eruditos abstratos, alheios a seu povo, que com autoridades aglutinadas de Grécia, Roma e Arábia, envenenavam o corpo humano vivente, tornavam ainda mais enfermo ao enfermo, e apesar de todas as rixas entre eles, formando um muro comum na causa comum contra um gênio que baixou em busca das causas primordiais da existência.

Investigar a natureza na totalidade de suas leis (...) Theophrastus von Hohenheim, profeta solitário por seu mundo de então, sem sossego, odiado e temido, com a estampa do gênio, que tampouco à Igreja e altares, doutrinas e palavras os considera como fins em si, se não os valoriza conforme a medida em que se encontram implantados no entorno da natureza e sangue.

O grande Paracelso se transformou assim no porta-voz de todos os naturalistas e místicos alemães, um grande predicador do "ser existente" (Dasein), para elevar-se como o Mestre Eckehart, conquistando até os astros, e enquadrar-se autocrática-humildemente nas grandes leis do universo...


OBS: Hohenheim é mencionado como iniciado hiperbóreo na obra “História Secreta da Sociedade Thule”.


Os rostos que miram sob o capacete de aço nos monumentos dos guerreiros, têm em quase todas as partes uma semelhança que deve chamar-se "mística".


Em toda a história de vida de um povo, seu momento mais sagrado é aquele em que desperta de sua impotência... Um povo que com prazer e amor capta a eternidade de sua nacionalidade, pode celebrar em todas as épocas a festa de seu renascimento (Friedrich Ludwig Jahn).


O sujeito puro do conhecimento e da volição deve ser inominado, sem qualidades, separado de todas as formas de tempo e do espaço.


A nobreza do espírito que depende somente de si mesmo é o mais elevado de tudo, somente a ela o ser humano deve servir.


Na Brihadaranyakan Upanishad canta um filósofo embriagado de gozo:

Mas aquele que se compreendeu como o "Eu" no pensamento,

Como pode desejar seguir ainda o corpo enfermo?

A quem a maculação abismal do corpo

Lhe chegou a despertar ao Eu,

Este sabe onipotente, como o Criador dos mundos!

Seu é o universo, porque ele mesmo é o universo!


Nunca neste mundo se obteve algo grande sem entusiasmo (I. Kant).


O belo desapareceu, figuras bastardas surgem também na arte, o repelente, o absolutamente feio e contrário à natureza torna-se bonito.


Richard Wagner escreveu para Mathilde Wesendonck: "Você sabe que pessoas como nós não miram a direita nem a esquerda, nem adiante nem para trás, o tempo e o mundo nos são indiferente, e só uma coisa nos determina: a necessidade de descarga de nosso próprio interior. Toda figura é ação, toda ação, essencialmente vontade descarregada..."


"Minha vontade é absoluta, está sobre toda corporalidade e natureza, é originariamente sagrada e sua santidade é sem limites." (Schopenhauer).


Vontade é sempre oposta ao instinto e não idêntica a ele. A diferença entre vontade e instinto e força de atração não é de índole quantitativa, mas qualitativa.


A personalidade absoluta que é, vale dizer, vive livre de acordo com sua própria lei, como senhor sobre a pessoa. Isto, com certeza, significa a mais forte antítese imaginável da assim chamada "vida em total desenfreio da personalidade", como diz nosso idioma de moda. Pois o primeiro é domínio, o outro é impotência.


Se nós nos encontramos colocados ante algo simplesmente grande, algo ilimitado e amorfo, então nossa imaginação é incapaz de apreender isto como um todo. Sentimo-nos pequenos como seres sensitivos e ao mesmo tempo, precisamente devido a este sentimento, se alça em nós outro, que diz que somos infinitamente mais que tão somente um ser sensitivo, pois nós somos, certamente, os que sentem ao mesmo (ser sensitivo) como pequeno.


Não se pode fixar todos os detalhes das leis de uma renovação espiritual. É necessário somente conhecer o ponto de partida e a meta e esforçar-se apaixonadamente para alcançá-la.


Nada seria mais superficial que proceder com a medida do centímetro e com as cifras do índice cefálico para a valoração do ser humano individual, mas aqui há de ser julgada, em primeiro lugar, a acreditação na vida ao serviço da nação.


Aqueles pensadores que nos querem transmitir uma visão de mundo ligada ao povo vêem nesta verdade nacional perseguida só uma parte da "verdade eterna", se movem por conseguinte, por completo, sobre o plano intelectual e racionalmente lógico de nosso ser, como se este fosse a única plataforma de investigação humana. Mas há outras ademais.


Constitui a mais íntima sabedoria vital e a nova vivência mítica de antiguíssimo conteúdo de verdade, se aproximamos o Mestre Hildebrand junto ao Mestre Eckehart e Frederico, o único; (...) se o mito de Baldur e Siegfried aparece como de idêntica espécie com a natureza do soldado alemão de 1914 e se o mundo novamente fundado da Edda depois do afundamento dos velhos deuses, significa para nós também o renascimento da alemanidade do caos atual.


*Um novo símbolo já foi alçado e luta contra todos os demais: a suástica. Se este signo é revelado, então é o símbolo de um velho-novo mito, os que o contemplam pensam em honra nacional, em espaço vital, em liberdade nacional e justiça social, em pureza de raça e fecundidade renovadora da vida. Cada vez mais o rodeia um ar de recordações daquele tempo quando como signo de felicidade foi adiante dos migrantes e guerreiros nórdicos à Itália e Grécia, quando apareceu hesitante nas guerras pela liberação, até que depois de 1918 chegou a ser a alegoria de uma nova geração, que por fim quer chegar a ser "uma consigo mesma".


Já ficou assinalada também uma interpretação completamente distinta da "verdade": que para nós a verdade não significa uma exatitude ou falsidade lógica, mas exige-se uma resposta orgânica a pergunta: fecundo ou estéril, autônomo ou sem liberdade?


Uma transformação única de nossa postura anímica, mas que é decisiva para tudo, se tem produzido, e como insignificante parece aquilo pelo qual tem combatido encarniçadamente gerações inteiras, e um novo centro de nossa existência, resplandecente, magnífico, pletórico de vida, se tem feito operante prodigando boa aventurança.


Um genuíno renascimento, entretanto, não é nunca obra da política de poder somente, muito menos ainda um problema de "saneamento econômico", como crêem presumidas cabeças ocas, mas significa uma vivência central da alma, o reconhecimento de um valor máximo. Se esta vivência se transmite milhões de vezes de homem a homem, se finalmente a unificada força do povo se coloca ante essa transformação interior, então nenhum poder do mundo poderá impedir a ressurreição da Alemanha.


Restabelecer a natural espontaneidade do sangue são, este é talvez o mais alto objetivo a que um ser humano pode propor-se; simultaneamente, esta comprovação atesta a triste situação do espírito e do corpo, já que tal ação chegou a ser uma necessidade vital. Uma contribuição a esta vindoura grande ação libertadora devia ser este presente escrito.

A sacudida de muitos que já estão despertando, mais a dos adversários, tem sido a consequência desejada. Espero que a controvérsia de um novo mundo em formação com os velhos poderes se estenda cada vez mais, penetre em todos os terrenos da vida, gere fecundando sempre algo novo, ligado ao sangue, orgulhoso, até o dia em que estaremos no umbral da plena realização de nosso anseio por uma vida alemã, até a hora em que todas as fontes palpitantes se reúnam em uma grande corrente de renascimento...


O intelecto é, como já temos exposto, uma ferramenta puramente formal, quer dizer, vazia de conteúdo. Sua missão consiste unicamente em estabelecer a série de causalidade. Mas é visto entronizado como soberano legislador, isto significa o fim de uma cultura.


Mas ao mesmo tempo ele (germânico) vê na não-natureza, na personalidade, não uma arbitrariedade, ele não se conforma em crer na imortalidade conforme se assombra mais em cada auto-observação da eterna singularidade de seu Eu não natural.


Atribuímos a ação uma dignidade, em que ela somente nos conduz a nós mesmos. Aqui recordo a sentença mais profunda de Goethe: "Toda ação, bem contemplada, libera uma nova capacidade em nós."


Preferimos ver manifestadas a força e liberdade à custa da sujeição às leis, que ver observada a sujeição às leis à custa da força e da liberdade.


Também o indiano teve um sentimento de eternidade, esta é uma antiga propriedade ária. Mas o indiano se diluíu no universo, sua ânsia buscava a completa dissolução, sua infinidade era saber da igualdade de todas as manifestações, do Eu e da alma do mundo. Solidão em nosso sentido, ele não pode ter experimentado: é quem em todas as partes se via a si mesmo! O ser humano faústico não somente penetra no infinito e no mais profundo, se não que ele é realmente solitário. Mas isso somente é possível porque interiormente vive algo particular imortal para ele somente, porque também não somente se destaca como pessoa de seu arredor, mas porque é personalidade, quer dizer, sente um espírito imortal, que aparece só uma vez, uma força de singularidade eternamente ativa, dominante, investigadora, carente de tempo e espaço, desligada de todo nexo terreno. Este é o segredo da alma germânica, o fenômeno primigênio, como Goethe chamaria, detrás do qual já não podemos e nem devemos buscar, nem reconhecer, explicar nada, que só devemos venerar, para fazê-lo atuar em nós.


Se nós sentimos a "não liberdade" de nosso ser, o incondicional impulso de poder atua somente assim e não de outra maneira, então cindimos inconscientemente nosso Eu em duas partes e sentimos gravitar uma sobre nós...


A alma germânica não é contemplativa, que tampouco se perde na psicologia individual, se não que tem a vivência volitiva de leis anímico-cósmicas e as configura arquitetônico-espiritualmente.


Esta conjunção não apreendível de todas as orientações do Eu, do povo, de uma comunidade em geral, constitui seu mito. O mundo dos deuses de Homero foi tal mito, que seguiu protegendo a Grécia ainda quando seres humanos e valores estranhos começaram a apoderar-se do helenismo.


(...) os maiores gênios masculinos tem sido frequentemente filhos da pobreza e da opressão, e apesar disto, tem chegado a ser soberanos e formadores de homens.


Todas as forças que formaram nossas almas tiveram sua origem em grandes personalidades. Atuaram fixando metas como pensadores, revelando essênciais como poetas, plasmando tipos como homens de Estado. Eles foram todos de alguma forma, sonhadores de diversa índole, de si mesmos e de seu povo.


Filósofos de débil vontade proporcionam aos inimigos do povo, por conseguinte, o fundamento cosmovisional, para terminar uma obra de destruição largamente preparada.


Mas se todo alemão se examina em todos os problemas da vida que lhe apresentam-se desde o plano do valor supremo da nacionalidade condicionada pelo sangue, desse modo, certamente, pode equivocar-se às vezes, mas sempre de pronto perceberá seu erro e o poderá retificar.


Frases de Rosenberg relacionadas à religião:


O crucifixo é o símbolo da doutrina do cordeiro imolado, um quadro onde se apresenta ante nossa mente a decadência de todas as forças e que através da quase sempre horrenda representação da dor, deprime a si mesmo interiormente, torna "humilde", como era a intenção das igrejas despóticas. Certo é que as figuras de cavaleiros e deuses germânicos se tem conservado ainda em São Jorge, São Martin e São Oswaldo.


Alredor de 1.400, o Papa extraíu dos países alemães em dois anos tanto quanto 100 mil florins somente em dinheiro de indulgência(...) em 1.374 no parlamento inglês se expôs que o representante legal de Cristo embolsava cinco vezes mais tributos que o Rei...


Não é de estranhar que a partir de então, crianças alemãs louras tiveram que cantar todos os domingos: " a ti a ti, Jeová, quero cantar, pois onde haverá um Deus como tú ...?


Se a religião defendia os máximos valores de caráter, então era genuína e boa, indistintamente de quais formas a ânsia humana poderia tê-la rodeado. Se não o fazia, se reprimia orgulhosos valores próprios, devia ser detida na mais profunda interioridade do germânico como nefasta.


Para um povo de caráter racial íntegro, a doutrina do pecado hereditário (cristianismo) havia sido incompreensível, pois em tal nação vive a segura confiança em si mesma e em sua vontade sentida como destino.


A idéia "amor" não é inerente a nenhuma força formadora de tipos: pois até a organização da "religião do amor" tem sido levantada sem amor. E ainda mais carentes de amor que outros poderes formadores de tipos


Assim no lugar de Wotan foram colocados mártires e santos cristãos, como São Martin. Capa, espada e cavalo eram seus distintivos (quer dizer, os atributos de Wotan), as florestas veneráveis do Deus da Espada chegaram a ser deste modo os lugares de São Martin, o santo da guerra, quem ainda hoje é venerado por peregrinos alemães (com na capela de Schwertsloch). Também São Jorge e São Miguel são transnominações de antigas figuras essenciais nórdicas, as quais mediante este "batismo" chegaram a parar no âmbito da administração da Igreja romana. A "diaba" Senhora Vênus se transforma na Santa Pelágia. Donar (Thor), o Trovejador e Deus das nuvens, torna-se São Pedro que vigia o céu; o caráter de Caçador Selvagem próprio de Wotan se lhe outorga a São Oswaldo e em capitéis e talhas de madeira é representado o Salvador Widar, despedaçando o lobo da morte (por exemplo, no claustro ojival de Berchtesgaden). Widar, quem quer salvar a Odin tragado pelo lobo Fenrir e mata ao monstro. A comparação com Jesus é manifesta. Até o devoto Hrabanus Maurus, o mais erudito doutor da Igreja Alemã ao final do século VIII, faz Deus morar num castelo do céu, idéia esta que não provém da Bíblia se não da antiga alma heróica germânica.


A meta e o caminho a um estado de rebanho de servos sem alma, estão traçados com inconfundível claridade. Ao quebrantamento de todo sentimento de dignidade servem os exércitos da Ordem Jesuíta, amedrontadores da imaginação e subjugantes da vontade própria, da mesma maneira que o subjugamento da personalidade anímica baixo a hipnose de uma forte vontade central


Todo o mundo é um jogo que a Divindade faz para si (Angelus Silesius)


Angelus Silesius tampouco quer conseguir o céu mendigando e enganando, se não conquistando, assaltando e encontra finalmente de novo o pólo em repouso dentro de si mesmo: "quem tem honra em si mesmo, não a busca desde afora."


*(...) a representação interior de Deus por parte do judaísmo, que forma um ser com o exterior judeu. Mas aqui, nossa alma foi infestada judaicamente; o meio para isso foram a Bíblia e a Igreja de Roma. Mediante sua ajuda, o demônio do deserto tornou-se o "Deus" da Europa. Quem não o queria, foi queimado ou envenenado.


A ação do rico filho de comerciantes de Assis (santo alemão) não significa criação alguma, nenhuma superação aristocrática do mundo, tal como a ação do indiano, que se encostava sorridente no sepulcro cavado por ele mesmo, mas uma simples negação. Renuncia a seu Eu, esta é a canção trágica de todos os santos europeus, um aspecto puramente negativo da vida religiosa ocidental, porque ao europeu não lhe estava permitido atuar positivamente de acordo a sua própria espécie.


O Estado atual é uma casta, a vida política uma farsa, a opinião pública uma covarde rameira (...) O conceito de religião do cristianismo é errôneo. Religião é a relação pessoal com Deus. Ela é presente incondicional. Paulo trouxe o Velho Testamento para dentro da Igreja, por cuja influência o Evangelho, na medida do possível, sucumbiu (...) A cada nação lhe é necessária uma religião nacional. (Paul de Lagarde).


O mesmo Papa ao qual a Europa deve o documento mais desonroso de todos os tempos, Pio IX, expressou uma vez um pensamento que sem dúvida, deve ser considerado como um evidente resultado do mito romano. Em 18 de Janeiro de 1874 (o aniversário de fundação do 2º Reich alemão), declarou ante uma congregação de peregrinos internacionais: que Bismarck era a serpente no paraíso da humanidade. Através desta serpente o povo alemão é seduzido a querer ser mais que o próprio Deus e que a esta sobrevalorização de si mesmo seguirá uma denegrição como nenhum povo ainda deveu sofrer. Somente o Eterno sabe se "o grão de areia nas montanhas do eterno desquite" não já se desprendeu, e que acrescentando-se em seu descenso até formar um alaúde, dentro de alguns anos se chocará contra os pés de barro deste Reich o transformando em escombros, este Reich que como a torre de Babel foi eregido "em provocação a Deus" e sucumbirá " para a maior glória de Deus".


*A Igreja romana corruptora de raças necessita onde quer estruturar-se, portanto, sempre de forças raciais potentes, enquanto que ela mesma, através de seu dogma, se apressa por destruir as raças e povos. Aqui Roma e o judaísmo andam de braços dados.


E de novo o Vaticano se professou como o inimigo mais encarniçado da cria de aperfeiçoamento do valioso e como protetor da preservação e propagação do mais inferior.


Entre as hostes do caos marxista e os crentes das igrejas andam errantes milhões de seres humanos, interiormente destruídos por completo, jogados a doutrinas desconcertantes e a "profetas" ávidos de ganância, mas em grande parte impulsionados por um forte anseio de novos valores e novas formas (...) Tal como expressa o lema deste escrito, ele não está dirigido à atual geração crente na Igreja para perturbá-la na senda eleita de sua vida interior, mas a todos aqueles que já tenham rompido no mais íntimo com a fé eclesiástica, mas não encontraram ainda o caminho para nenhum outro mito. Estes seres hão serem arrancados ao menos do niilismo desesperante, através da vivência renovada de um novo sentimento de "pertencer juntos", de um renascimento de valores antiguíssimos e, não obstante, eternamente jovens, cujo acrescentamento até formas religiosas genuínas, certamente será o cometido de um gênio posterior ...


Assim lutamos pelo Führer do novo Reich e insinuamos as fibras da vontade também para uma vindoura Igreja Nacional Alemã, cujo fundamento essencial já hoje aparece com claros contornos. Por um lado, o rechaço do mágico-materialista (clérigo), que mostrou tão estreitamente ligado o liberalismo com a dogmática eclesiástica, por outro lado, cultivo em elevação de todos os valores da honra, do orgulho, da liberdade interior, da "alma nobre", e da fé em sua indestrutibilidade.


Um homem de Estado e pensador realmente alemão, por isso de dirigirá ao problema religioso-eclesiástico desde outra perspectiva. Deixará livre espaço a toda convicção religiosa, deixará predicar sem travas doutrinas éticas de distintas formas, sob a condição de que todas elas não sejam obstáculo para a afirmação da honra nacional, vale dizer, que reforcem os centros volitivos da alma, por outro lado, o apoio a distintas agrupações o deverá fazer depender de sua postura com respeito ao Estado nacional.


Paulo (o apóstolo) recoletou com plena consciência todo o estatal e espiritualmente leproso nos países de sua parte do globo, a fim de desencadear um levantamento do inferior. O primeiro capítulo da 1ª epístola aos Coríntios é um hino único aos "néscios ante o mundo" e, ao mesmo tempo, o protesto de que o "inobre ante o mundo e o depreciado" tenha sido eleito por Deus ...


Não se trata, pois, na fundação de uma Igreja Nacional Alemã, da defesa de quaisquer afirmações metafísicas, não da exigência de ter como verídicos relatos históricos ou lendários, mas da criação de elevado sentido de valor, quer dizer, da seleção daqueles seres humanos que, junto a toda multiplicidade de convicções religiosas e filosóficas, tenham ganho de novo a profunda confiança interior na própria natureza, que tenham conquistado uma concepção heróica da vida.


No lugar das histórias antigo-testamentárias de rufiões e ladrões de gado, lhe ocuparão as sagas e contos nórdicos, ao começo relatados fartamente, mais tarde compreendidos como símbolos. Não o sonho de ódio e de messianismo assassino, mas o sonho de honra e de liberdade é o que deve ser avivado mediante as sagas germânicas e nórdicas, desde Odin passando pelos velhos relatos de maravilhas até Eckehart e Walther von der Vogelweide.


Da única reversão interior religiosa-metafísica dependerá, por conseguinte, tudo para o futuro de nossa vida. Desde um centro se derramará uma corrente que cobrirá torrentemente tudo, que fará fecundo o espírito do predicador e do homem de Estado como a fantasia do artista e do pensador hoje carentes de um centro e portanto, quase delirantes.


A Igreja tem consagrado como mártir e santificado a todo missionário assassinado. Até o missionário Emmeran, a quem a tradição cristã apresenta como judeu, violou a filha do Duque da Bavária e foi por ele morto. A igreja infalível declarou este fim oprobrioso como uma morte pela fé. Hoje, Emmeran é um santo ao que se adora na piedosa Regensburg (Ratisbona). Mas é dever de uma geração alemã vindoura enunciar com veneração somente os nomes daqueles que com tormenta e tempestade lutaram pela grandeza e a honra do povo alemão, e honrá-los pelo que são: mártires da fé nacional.


(...) bem domina o espírito e as palavras do legado romano (do Vaticano) Alexandro: "Nós, os romanos, faremos que vocês alemães se matem mutuamente e se afoguem em seu sangue", hoje, ao igual que faz 400 anos. "A guerra a perdeu Lutero", disse orgulhosamente Bento XV ao historiador judeu Emil Ludwig.


Martinho Lutero soube demasiado bem o que dizia quando pouco antes de sua morte escreveu: "Estas três palavras, livre, cristão, e alemão, são para o Papa e a corte romana nada mais que o puro veneno, morte, diabo e inferno. Não as podem sofrer, nem ver ou ouvir, aí nada há de mudar, isso é seguro."


(...) na história efetivamente muitos germânicos se tem eleito senhores estranhos e lhes tem servido "lealmente" como soldados, filósofos e doutores da Igreja. Nós designaremos hoje a estes homens não como leais, mas como desertores. Leal é só o que permanece leal a sua própria liberdade. Muitos tem podido fazer isso dentro da Igreja ainda não petrificada, ainda quando quase todos os grandes entre eles foram ameaçados com o cárcere, o veneno e o punhal, mas desde o império do jesuitismo nenhum homem nórdico pode ser conscientemente germânico e ao mesmo tempo adepto de Loyola. "O um sobre tudo: seja leal a ti mesmo", vale somente se há de produzir-se um renascimento alemão interior e exterior, o "profundo respeito ante nós mesmos", como exigia Goethe, o estar "de acordo consigo mesmo", como ensinava e vivia o Mestre Eckehart.


A obra jesuítica "Imago primi saeculi" designa a Lutero como "monstro do mundo e peste infernal". O Papa Urbano VII o denomina "monstro detestável". Assim prossegue até o dia atual.


O escritor jesuíta Th. Meyer apresenta a um Emmanuel Kant —justamente o mais sublime maestro da idéia do dever— como uma "fonte de corrupção ética assim como religiosa, para o Estado e a sociedade". Seu companheiro de Ordem, H. Hoffmann, declara que Kant não solucionou "em modo algum" a missão de fundamentar uma verdadeira ciência, sendo ao respeito saborosíssimo escutar tais palavras da boca de um representante de uma concepção de mundo que tem suprimido toda ciência onde quer que possuísse suficiente poder. Mais consequente ainda é K. Kempf, que proclama: "Kant chocou a confiança em nossa capacidade de raciocínio." Com inteira claridade se manifesta o conspícuo jesuíta T. Pesch, que tem o descaramento de comparar Kant com um "hálito pestífero" que envenena toda a vida da nação e cujo raciocínio é "engano e fanfarronice", enquanto Cathrein, S. J. recalca que a doutrina moral de Kant socava o fundamento de toda ordem ética, e Brors, trata de convencer aos alemães de que quase nenhum outro homem tem danado tanto "a nossa pátria" como precisamente Kant. Segundo o padre Duhr, venerado pela totalidade dos católicos desencaminhados, o "herói moral de Kant não é outra coisa que o niilista moralizador", que um raciocínio sistemático deveria romper o "feitiço de Kant", a visão de mundo do "velho de Königsberg dessecado em marasmo."


Toda esta luta se dirige instintiva ou conscientemente, e orientada inequivocadamente por uma disciplina centenária, de modo sistemático, contra as grandes personalidades de um povo ligadas a espécie, para apagar deste as estrelas-guia de sua vida, roubar-lhe seus ideais próprios e cortar a corrente de sua força vital orgânica. As palavras de Nickel, general da Ordem jesuítica do século XVII, de que o espírito nacional é um vento de fora, maligno, pestífero, constituem ainda hoje a convicção básica não só do jesuitismo, mas da Igreja romana em conjunto, ainda quando em vista do despertar nacional não seja capaz de impô-la sempre.


Uma das formas de Odin morreu, quer dizer, Odin, o superior de muitos deuses como corporização de uma geração ainda entregue candidamente ao simbolismo da natureza. Mas Odin como a eterna imagem refletida das forças primigênias anímicas do ser humano nórdico, vive hoje como há 5.000 anos. Ele reúne em si: honra e heroísmo, criação do canto, quer dizer, da arte, a proteção do direito e a eterna busca de sabedoria. (...) Como eterno andarilho ele é um símbolo do espírito nórdico, eternamente buscador e evolutivo, que não pode retirar-se na autosuficiência em Jeová ou seu tenente (clero).


Frases da obra de Rosenberg relacionadas à honra:


O Forte Karna disse:

A honra tal qual uma mãe outorga ao ser humano, vida no mundo a desonra consome a vida

ainda que o bem estar do corpo prospere. Nós sempre honestamente temos combatido e honra nos pertence na vitória vós sempre desonestamente haveis lutado, e tem com vergonha vossa vitória mas eu dominei o mundo até a distante costa do mar, valente tenho estado frente ao inimigo e morro agora como um herói desejo morrer ao serviço do dever e ascendo, do grupo de amigos acompanhado à morada dos deuses.

É melhor renunciar a vida que perder a honra: a entrega da vida sente-se só um instante, mas a perda da honra dia após dia.

Parece de uma evidência total que quase tudo que há mantido o caráter de nossos povos e Estados, tem sido em primeiro lugar o conceito de honra e a idéia de dever, proveniente da consciência da liberdade interior e unida inseparavelmente ao primeiro. Mas no momento em que amor e compaixão (ou como se prefere: o compartir o sofrimento) chegaram a ser predominantes, começam as épocas de dissolução racial-nacional e cultural na história de todos os Estados...


Não te entregues em servidão enquanto tem a possibilidade de morrer livre, ensina Eurípides.


A postura de um povo é determinada tão pura e totalmente por um só valor supremo: todo o poder, todos os bens, todo nexo, toda ação está a serviço da honra, a qual, sendo necessário, também se sacrifica sem titubear e sem pestanejar a vida.


O Havamal termina com as palavras:

A propriedade morre, as linhagens morrem, tu mesmo morre com eles, uma coisa sei, que vive eternamente: a fama das proezas do morto.


Ninguém pode debilitar o amor que o homem nobre sente por seu sangue.


A honra e a liberdade não são em último termo qualidade exteriores, se não essencialidades fora do tempo e do espaço, que formam aquela "fortaleza" desde a qual a genuína vontade e a genuína razão empreendem suas saídas ao mundo. Seja para vencê-lo ou para utilizá-lo como provisional para a realização do espírito.


A honra não é em último termo outra coisa que um espírito livre, belo e nobre.


Aqui aparecem as nornas atuando desapaixonadamente como a alegoria de uma necessidade inescrutável e, sem embargo, sentida das leis cósmicas. Os germânicos em luta tomam agora sobre si conscientemente, ao serviço dos valores interiores voluntariamente reconhecidos, este destino e o realizam sem lamentar-se, como homens livres...


O único valor sob o qual podem inclinar-se sem desacordo todos os alemães: honra.


O indivíduo em Roma quase deixa de ser personalidade. Todo seu serviço e toda sua vida pertenciam à comunidade. Mas a consciência do poder e da grandeza desta comunidade constituía retrativamente a sua vez, o orgulho, mais ainda, a propriedade pessoal do cidadão.


A idéia de honra —de honra nacional— será para nós o começo e o fim de nosso pensar e agir. Ela não tolera nenhum centro de força equivalente ao seu lado qualquer que seja sua índole, nem o amor cristão, nem o humanitarismo maçônico, nem a filosofia romana (do Vaticano).


Com a espada e o arado, pela honra e a liberdade assim soa, por conseguinte, o grito de batalha de uma nova geração, que quer erigir um novo Reich e busca pautas segundo as quais seja capaz de julgar frutiferamente seu agir e seu afã. Este grito é nacionalista.


O novo Reich exige de todo alemão que atua na vida pública o juramento não a uma forma de Estado, mas o juramento de reconhecer em todas as partes, segundo sua força e capacidade, a honra nacional alemã como suprema norma de proceder, e de atuar em favor dela.


O bem sem honra não deve ser considerado bem, e o corpo sem honra se deve com razão ter como morto. (Sachsenspiegel: código de leis alemãs da Idade Média)


Um ser humano que não vê na nacionalidade e na honra do povo o valor supremo, perdeu o direito de ser protegido por este povo. Frases da obra de Rosenberg relacionadas à política:


O grande Theognis se lamenta de que o dinheiro mescla o sangue dos nobres com os inobres


Começa a democracia, que dizer, não o domínio do caráter se não o domínio do dinheiro.


O homem heróico não pode ter o mesmo direito que o especulador da Bolsa


A Bolsa teve antes só o único sentido de possibiltar uma transição sem atritos entre ação e resultado, entre invento, produto e venda. Ela era um meio auxiliar ao dinheiro. Desta posição de serviço se tem desviado hoje até uma função completamente distinta. A "ciência das finanças e da Bolsa" tem chegado a ser no presente, um jogo com valores fictícios, uma magia de números, uma peturbação realizada sistematicamente por determinados círculos entre a passagem da produção até a venda.

Hoje, os amos da Bolsa atuam com a hipnose das massas mediantes notícias falsa, através da produção de pânico, excitam inconscientemente ao máximo todos os impulos patológicos e de uma natural atividade intermediadora da engrenajem da economia se fez uma arbitrariedade, corrupção do mundo. Esta "ciência das finanças", por outra parte, tão pouco é internacional, se não puramente judia e a enfermidade da economia de todos os povos provém do feito de que eles se molestam por incorporar a seu sistema de vida está arbitrariedade judia, antinatural, originada em instintos parasitários.

Algo que se fosse levado até o fim, traria atrás de si a destruição absoluta de todas as premissas naturais de nossa vida. A "ciência" do perito Dawes, a vigilância do serviço de informações políticas por banqueiros e sua imprensa, é antigermânica até a medula e se encontra por isso também em consciente inamizade até a morte com os grandes pensadores alemães da atividade econômica... Aqui se mostra também a natureza do marxismo judeu que combate o capitalismo, mas não toca no centro deste capitalismo, a finança da Bolsa.


Admitiram-se em forma puramente professoral dois tipos arquitetônicos da vida cultural: o individualismo e o universalismo, quer dizer, uma orientação anímica que declarou ao Eu e seus interesses como ponto de partido e final do pensar e atuar, e outra que queria localizar este Eu sob as leis da generalidade.

O perigoso desta designação de tipos aparentemente convincente consistiu unicamente em deixar que esta generalidade se esfume no infinito. O único aparentemente magnânimo universalismo conduziu anteriormente à "Igreja Mundial" internacional, ao Estado Mundial, mais tarde à "Internacional" marxista e à "humanidade" democrática de hoje. O universalismo como princípio arquitetônico da vida é, por conseguinte, tão ilimitado como o individualismo; se triunfar qualquer uma destas duas visões de mundo, o fim há de ser necessariamente o caos. Pelo qual o individualismo costuma envolver-se no manto universalista, querendo aparecer como bom e moral e que não contém perigo. De um modo completamente diferente se apresenta a coisa quando tanto o individualismo como o universalismo são referidos conjuntamente a um centro distinto, condicionado organicamente. Para o Eu, a raça e o povo são a pré-condição de sua existência, mas significa também a única possibilidade de sua incrementação. Mas ao mesmo tempo, o "geral" coincide com a raça e o povo e encontra aqui por tanto, sua limitação orgânica. O individualismo e o universalismo por si só são linhas retas ao infinito; quando referidos a raça e ao povo, são forças possibilitadoras de criação que alternam ritmicamente fluindo adiante e para trás, ao serviço dos mandamentos raciais.


No Eu se encontram incluídos o individualismo e o universalismo. A época individualista, tal como hoje se desvanece em perigosos espasmos, tem feito vigorizar-se novamente a doutrina universalista. Estas idéias antinaturais já citadas ao decorrer, geram necessariamente formas adversas a vida, contra as quais o individualismo logo se alça novamente, e se necessário, as subjuga violentamente. O desconsiderado individualismo e o ilimitado universalismo se condicionam reciprocamente. Justo mediante o conceito de nacionalidade e racialidade como expressão — ou, se preferir, como fenômeno paralelo — de uma determinada atividade anímica, tanto em um como em outro princípio recebe uma limitação também de natureza físico-orgânica. Mas uma clara força anímica e uma coincidência de um ser espiritual-volitivo permanentemente ativo significa precisamente personalidade. Isto é segue sendo a mais profunda vivência do Ocidente e nenhuma falsa vergonha deve impedir o tratamento deste problema, sem o qual em último termo, nada tem sido retraído a sua origem.

Assim como hoje se está tratando de reconstruir o Estado e a economia, depois do individualismo econômico em queda, partindo de idéias universalistas (quando por outro lado, a idéia nacional-socialista como visão orgânica e frutífera do fruto, certamente, aparece já como nascida simultaneamente), assim a explicação da alma e da arte ocidental como eterno afã de dar expressão ao sentimento de solidão e de infinito, significa um empenho paralelo...


Em "Gorgias", Platão proclama a Kallikles inutilmente o evangelho mais sábio: "A lei da natureza que o mais importante domine sobre o inferior." Certamente é distinta "nossa lei ateniense", segundo a qual os mais capazes e vigorosos são presos jovens como leões, a fim de desencaminhá-los mediante os "cantos de encantamento e as charlatanices" dos sermões de igualdade. Mas se um voltasse a se levantar, aplastaria todos estes falsos feitiços e se elevaria radiante como o "direito da natureza".

Mas foi em vão este anseio por um heróico ser humano da raça: o dinheiro, e com ele o subhomem, havia triunfado já sobre o sangue, sem rumo, começa o heleno a dedicar-se ao comércio(...); o filho esquece o respeito frente ao pai, os escravos de todas as partes do mundo clamam por liberdade, a igualdade de mulheres e homens é proclamada; e mais, sob este signo desta democracia empurram —como Platão observa sarcasticamente— os asnos e cavalos contra os seres humanos que não querem ceder-lhes passagem.

As guerras esgotam as linhagens, se produzem sempre novas admissões de cidadãos. "Por escassez de homens", seres totalmente estranhos se transformam em "atenienses"...


Jakob Burckhardt constata deprimido: “desde a penetração da democracia existe em seu interior (dos gregos) a constante perseguição contra todos aqueles indivíduos que podem significar algo! Ademais, a oposição inexorável ao talento.”


Este sentimento de responsabilidade, exigido de cada personalidade individual, constituía a mais eficaz defesa contra o pântano moral, aquela decomposição hipócrita dos valores que no curso da história do Ocidente se há abatido sobre nós baixo distintas formas de humanidade, como tentação inimiga. Ora chamou-se democracia, ora compaixão social, ora humildade e amor.


A essência da atual revolução mundial reside no despertar dos tipos raciais. Não na Europa somente, mas em todo o âmbito da Terra. Este despertar é o contra-movimento orgânico contra as últimas projeções caóticas do imperialismo mercantil liberal-econômico, cujos objetos de exploração se deixaram aprisionar por desesperação nas redes do marxismo bolchevique, para completar o que a democracia havia começado: a erradicação da consciência nacional e racial.

A posição do Império Romano ao surgir o cristianismo foi semelhante a situação atual do Ocidente. A fé nos velhos deuses se havia perdido, a camada senhorial havia morrido quase por decomposição, a vontade estatal estava quebrada. Nenhum ideal formador de tipos dominava ao mundo, mas em troca, milhares de mestres exaltados provenientes de todas as zonas. Em meio deste caos, nunca teria podido triunfar uma "religião do amor" (...) ela triunfou, com certeza, como forma somente graças à vontade judia e ao fanatismo próprio desta, que se transmitiu como avidez de poder, como avidez de domínio mundial ao Estado tomando por assalto. Hoje, os velhos deuses estão igualmente mortos (...). Triunfou a democracia quando ela mesma já se encontrava em estado de putrefação parlamentária. As rígidas igrejas já não dão nenhuma satisfação ao buscador, e um exército de sectários busca sustento interior nos apóstolos de rua ou nos predicadores de tendas, que "seriamente" "investigam" a velha Bíblia judia para profetizar-se a si mesmos e a seus seguidores uma vida eterna aqui sobre a Terra.

O pensamento a-racial do internacionalismo alcançou, enfim, um ponto culminante: bolcheviquismo e trusts mundiais são seus signos antes do afundamento de uma Era, como mais hipócrita e mais carente de honra que a história da Europa ainda não viu...


Sem embargo, em épocas de catástrofes exteriores e de decomposição interior, o homem afeminado se eleva junto com a mulher emancipada a símbolo de decadência cultural e de afundamento estatal. Os discursos de Medéia de Eurípides são da mesma espécie que as perorações da senhorita Stöcker ou da senhorita Pankhurst.


A demanda da atual emancipação das mulheres foi apresentada em nome de um individualismo irrestrito, não em nome de uma nova síntese...


Nossa humanidade democrático-feminista que compadece com o criminoso individual, mas se esquece do Estado, do povo, como todo, do tipo, é muito apropriadamente o solo fértil para aspirações que negam todas as normas ou participam delas só emocionalmente.


Assim como o infestado marxisticamente vê só a sua classe, a seu companheiro de fé, assim a emancipada vê unicamente a mulher. Não a mulher e o homem, a espada e o espírito, o povo e o Estado, o poder e a cultura.


Para uma raça européia (e não só para elas) a época de domínio de mulheres é uma época de decadência da estrutura vital, que ao seguir perdurando gera o afundamento da cultura de uma raça.


A natureza do Estado pode diferir em seu conteúdo, mas considerado no formal ele sempre é poder. Um poder, neste mundo, somente é conquistado e mantido na luta, na luta pela vida e a morte.


Em vista das condições presentes o homem não deve ser defendido em absoluto. Pelo contrário: ele é culpado, em primeiro lugar, das crises vitais da atualidade. Mas sua culpa reside em um lugar muito distinto de onde as emancipadas buscam! Seu crime é não ter sido completamente homem, por isso também a mulher deixou de ser em muitos casos, mulher. O homem tornou-se carente de visão de mundo. Sua fé religiosa professada até o presente se quebrou, seus conceitos científicos fizeram-se vacilantes, por tal razão, também se perdeu sua força formadora de estilo e de tipos em todos os terrenos.

Por tal razão a "mulher" estendeu sua mão ao leme estatal como "amazona", por um lado, por tal razão exigiu anarquia erótica como "emancipada" pelo outro. Em ambos os casos ela não se emancipou do Estado de homens, mas somente traiu a honra de seu próprio sexo.


A paixão lírica da mulher, que em tempos de penúria é capaz de chegar a ser tão heróica como a vontade formadora do homem, pareceu sepultada por muito tempo. É tarefa da mulher genuína eliminar estes escombros. Emancipação da mulher da emancipação feminina, é a primeira exigência de uma geração feminina que ante o afundamento quer salvar ao povo e a raça, o eterno inconsciente, o fundamento de toda cultura.


As almas diferentes não devem ser niveladas, "igualadas" mas devem ser respeitadas como seres orgânicos, cultivadas em sua peculiaridade. A arquitetônica e lírica existência é um acorde, o homem e a mulher são os pólos geradores da tensão vital. Quanto mais forte cada ser seja em si mesmo, tanto maior é o efeito laboral, o valor cultural e a vontade vital de todo o povo. Aquele que pretende socavar esta lei, deve encontrar no autêntico homem e na autêntica mulher seus decididos inimigos.


Uma fé, um mito, são autênticos só quando possuíram de todo o ser humano, e ainda que o condutor político não possa provar na periferia de seu exército individualmente a seus seguidores, no centro da Ordem deve ser assegurada uma retitude absoluta.


O Estado já não é hoje para nós um ídolo autônomo, ante o qual todos devem estar de joelhos; não é nem sequer um fim, se não que é também somente um meio para a conservação do povo. Um meio entre outros, tal como deveriam ser igualmente a Igreja, o direito, a arte e a ciência. As formas estatais mudam e as leis estatais passam, o povo fica. Disto só se deduz que a nação é o primeiro e o último, ao qual deve submeter-se todo o demais. Disso se desprende também, entretanto, que não deve haver fiscais do Estado, mas unicamente fiscais do povo. Todo o fundamento legal da vida se modificaria, com isso tornaria impossível condições tão degradantes como na última década estiveram na ordem do dia (...) E assim pôde suceder que com base no "direito" romano o fiscal do Estado como "servidor do Estado" em nome do povo, impedia a condução nacional do povo: a abstrata "soberania popular" da democracia e a frase depreciativa de Hegel, "o povo é aquela parte do Estado que não sabe o que quer", tem engendrado o mesmo esquema insubstancial da assim chamada autoridade do Estado.

A autoridade do conjunto do povo é, com certeza, mais alta que está "autoridade do Estado". Aquele que não concede isso é um inimigo do povo, ainda que fosse o próprio Estado. Assim era a situação até 1933.


O moderno individualismo econômico como princípio do Estado significou, portanto, a pretensão de equiparar um defraudador exitoso com um homem de honra. Por isso também triunfou depois de 1918 em todos os lados o intermediário desonesto com seus companheiros. A caridade, por sua parte, como dádiva de um ditador a milhões de subjugados ou como beneficência pessoal, não repara danos, mas só cobre feridas purulentas. Ela é muito apropriadamente a outra face da desenfreada exploração. Às vezes o maior defraudador até edifica hospitais para suas vítimas saqueadas durante décadas e se faz festejar então por seus jornais como filantropo.


Aquele que hoje queira ser nacionalista deve ser socialista. E inversamente. O socialismo da Frente Cinza (exército) de 1914 -1918 quer chegar a ser a vida estatal. Sem ele, tampouco será superado nunca o marxismo, nunca se conseguirá tornar inofensivo o capital internacional. Por estas razões, se faz compreensível que uma medida genuinamente socialista —interpretável como tal através de sua consequência— prontamente é neutra frente ao conceito de propriedade privada. Ela o reconhecerá ali onde garante um asseguramento geral, e o limitará onde apresente perigos.


Individualismo e universalismo são considerados fundamental e historicamente, as concepções do mundo próprias da decadência, no melhor dos casos, próprias do ser humano miserável, desgarrado por qualquer circunstância, que se refugia no último dogma coercitivo para abstrair-se de sua fissão interior.


O grito "a propriedade é um roubo" foi o clamor de combate de uma natureza de escravo incapaz de criação. Não foi nenhum milagre que o sírio Marx se ocupou deste clamor colocando-no entre outros na cabeça de sua estéril doutrina. Sem embargo, em todas as partes onde o marxismo chegou sob qualquer forma a governar, pôde ser desmascarado como não verdadeiro: em seus mais extremos representantes se tem posto logo de manifesto com a maior nitidez, precisamente a avidez pela possessão...


Hoje, o povo só raramente reconhece de forma imediata a um grande homem, para isso se requer catástrofes precedentes, nas quais um se destaca visivelmente, emerge pela luta. Na vida comum, por conseguinte, uma eleição de presidente ou de Kaiser, executada diretamente por 70 milhões, é só uma questão de dinheiro. Disso resulta que em 99 de 100 casos chega a ocupar a vanguarda não um autêntico condutor do povo, mas um empregado da Bolsa, do dinheiro em geral.

Por tal razão também o vindouro primeiro Estado popular alemão deve romper definitivamente com esta mendaz exigência democrática. Disso resulta também que um parlamento que aconselhe o governo junto ao conselho dirigente da Ordem Alemã, não deve chegar a formar-se através de um ofuscamento das massas, como sob o domínio do imoral sistema democrático-parlamentário. Mais além dos limites da comunidade da aldeia, da cidade mediana, o homem médio perde a medida para seu juízo. Também só é capaz de julgar autonomamente quanto ao valor de uma personalidade, quando esteve em condições de seguir sua atuação no mesmo lugar. Isso não é possível ali onde grupos partidários influenciam em todos os casos sobre as eleições a favor de celebridades, comumente, desconhecidas. Por conseguinte, se deve partir incondicionalmente do princípio de que não são as listas, mas as personalidades as que são decisivas em uma eleição, enquanto está ainda é considerada necessária. Em um reich alemão de nosso anseio, portanto, a forma eleitoral deverá dar passo pouco a pouco ao princípio de instalação de condutores responsáveis em todas as áreas, pelo Führer do povo e do Estado nos cargos mais altos e logo, rumo abaixo, aos nomeados por estes. Deste modo cada grupo será considerado em sua relação com o todo na forma que lhe corresponde, com o que pode aparecer como garantida a atividade livremente criadora sem excessos separatistas.


Bismarck já havia caracterizado o direito ao voto secreto (para políticos) como a-germânico (...) mediante este anonimato, a covardia do indivíduo é reconhecida como um modo de pensar entre outros, conscientemente é socavado o sentimento da responsabilidade.


Sob o signo do velho parlamentarismo cada deputado individual é mais irresponsável por seu fazer e não fazer que qualquer monarca de mando absoluto. Um gabinete respaldado parlamentarmente, por sua vez, se remite em suas decisões a célebre "maioria de governo". Se um programa político tem êxito, então o ministro parlamentar é um "grande homem", se não dá resultado, o ministro respectivo —no caso mais extremo— se retira sem que possa ser obrigado a prestar contar. Este feito incita os parlamentares mais inescrupulosos naturalmente a recomedar-se sempre de novo como ministro, o que não seria o caso se existisse uma real responsabilidade, como se pressupõe lógica e naturalmente em um chefe de exército.

A inferioridade parlamentária cultivada mediante este sistema sem honra, naturalmente designa este estado de coisas como uma expressão do conhecido espírito progressista. Na realidade é um produto bestial e mesquinho da covardia da maioria, que quer erigir-se descaradamente em tribunal sobre todos e tudo, escondendo-se ao mesmo tempo, sem dúvida, como irresponsável detrás da massa de membros do mesmo partido. Tampouco ante seus eleitores o parlamentário necessita render contas. Ele foi eleito "por todo o povo", como reza o idioma do defraudador democrata-marxista, pelo que não pode ser determinado juridicamente em absoluto um círculo de eleitores firmemente delimitado. Estas coisas mudariam se um tribunal político instituído pelo chefe supremo do Reich puder julgar enquanto a sua responsabilidade a ministros fracassados, da mesma maneira que um tribunal de guerra a um condutor de exércitos derrotado; então a carreira de ministros se tornará notavelmente mais rala, e somente homens realmente dispostos a assumir responsabilidades ambicionarão aqueles cargos aos quais, sob a democracia de 1918, os sujeitos mais vulgares podiam mirar dissimuladamente com plena perspectiva de êxito e de impunidade.


O camponês que hoje ainda é o grande produtor, não é ao mesmo tempo o maior vendedor. Ele depende daqueles degraus intermediários que elaboram seus produtos antes de que cheguem ao mercado. Ele não pode transformá-los no mesmo lugar em mercadoria acabada, mas deve carregar os transportes com produtos brutos. Esta funesta evolução, que está tratando de desarraigar o estamento dos camponeses, o mais forte sustento de todo povo, um estamento que nunca morre, tem sido pressionado conscientemente pela democracia e através do marxismo, para acrescentá-lo também desta maneira aos exércitos proletários. De um modo diretamente oposto deve proceder uma autêntica política popular. A desproletarização de nossa nação —e de qualquer outra— é, sem dúvida, concebível só através da consciente desmontagem de nossas urbes mundiais e a fundação de novos centros.


A facilidade das comunicações criou a urbe mundial. Por causa desta facilidade de comunicações ela morrerá, se é que nós não queremos sucumbir racial e animicamente. A polis criou a cultura grega, a pequena cidade, a cidade mediana, toda cultura própria do povo na Europa: a mirada que se foi ampliando do anterior camponês individual concebeu o pensamento de um Estado sem perder-se no infinito. Somente assim pôde originar-se uma estrutura orgânica.


Que se tenha podido considerar o Estado como um campo de migrações de povos sem plano algum parecerá a uma geração futura uma loucura, tão desvairada e suicida como todas as demais exigências do liberalismo político.


A essência da renovação alemã consiste, por conseguinte, em integrar-se nas eternas leis aristocráticas do sangue e não fomentar por debilidade a seleção do enfermo, mas pelo contrário, em levar novamente a liderança, mediante uma consciente seleção, o volitivamente forte e criador, sem um olhar retrospectivo ao que fica atrás.


Nunca o "direito" sem honra imperou de tal forma como quando o dinheiro em si chegou a ser soberano absoluto.


Todo alemão e não alemão que viva na Alemanha que mediante a palavra, a escrita e a ação incorre em culpa de injúria ao povo alemão, será castigado, segundo a gravidade do caso, com prisão, presídio ou com a morte.

Um alemão que fora dos limites do Reich comete o mencionado delito será, se não se submete ao tribunal alemão, declarado sem honra. Perderá todos os direitos de cidadania, será desterrado para sempre do país e proscrito. Sua fortuna há ser confiscada em favor do Estado.


(...) A política, como foi explicado, foi entendida igualmente como imposição da assim chamada autoridade do Estado, puramente formal, não como um rendimento ao serviço do povo e seu valor supremo.


O primeiro dever do juiz é proteger a honra do povo mediante sentença frente a todo ataque, e a política tem o dever de realizar tal sentença totalmente. Inversamente, a política —como poder legislativo e executivo— tem o dever de promulgar somente leis tais que em sentido geral, religioso e de moralização geral servem ao supremo de nosso povo. Aqui o juiz tem voz consultiva.


Este destacar da raça nórdica não significa nenhuma semente de ódio racial na Alemanha, mas pelo contrário, o consciente reconhecimento de um meio de união pletórico de sangue dentro de nossa nacionalidade.


O direito de cidadania não pode ser um presente de nascimento, mas deve ser obtido mediante o trabalho. Só o cumprimento do dever e o serviço pela honra do povo tem como consequência o outorgamento deste direito, que deverá ter lugar de maneira tão solene como a atual confirmação. Só quando se tenha feito sacrifícios por algo, também se está disposto a lutar por ele.


Da mesma maneira como os pseudo-pensadores democráticos lutaram pelo "direito", lutou também o social-democrata contra o "capital". Novamente um conceito exangue, mais exatamente, uma simples palavra, chegou a ser o objeto de controvérsia de milhões. E isso era claro que entre capital e capital se interpunham diferenças essenciais. É inegável que o capital é necessário para toda empresa, e a questão é somente nas mãos de quem este capital se encontra e em base a quais princípios é governável, conduzido ou supervisionado. Isso é o decisivo, e a gritaria contra "o capital" tem demonstrado ser um deliberado engano dos demagogos, quem com o conceito de “capital inimigo do povo” marcaram a meios produtivos e recursos naturais, fazendo desaparecer de vista por outro lado, o capital prestamista internacional líquido.


No verdadeiro e genuíno sentido a possessão (no sentido de propriedade) não é outra coisa que trabalho cristalizado. Pois todo rendimento de trabalho realmente criador, em qualquer terreno que seja, não é nada mais que formação de possessão. (Mais além disso, ainda alcança somente o misterioso gênio que não pode ser medido em absoluto).


A folga e o fechamento de portas em sua forma atual são ambos filhos do pensamento liberal. A primeira não tem nada a ver com o socialismo, o segundo nada com a economia nacional. Ambas frações partem do eu ou de uma classe e seus interesses respectivos, sem considerações pela totalidade do povo.


Relações de índole obrigatória entre a propriedade privada e a totalidade, que justamente dão ao caráter de posse o sentido da propriedade justificada. Neste lugar se põe em ação talvez o mais profundo envenenamento do pensamento socialista. Junto a três grandes assolações através do marxismo, a saber, a doutrina do internacionalismo (que corrompe o fundamento popular de todo pensar e sentir), a luta de classes (que há de destruir a nação, quer dizer, o organismo vivente, atiçando uma parte a revolta contra a outra) e o pacifismo (que há de aperfeiçoar esta obra de destruição pela castração da política exterior), aparece como quarta e quiçá mais profunda socavação, a destruição do conceito de propriedade, que está unido na forma mais íntima com o ideal germânico da personalidade em geral.


(...) O socialismo é para nós não somente a realização adequada de medidas protetoras do povo, e por conseguinte não é só um esquema de política econômica ou de política social, mas tudo isso se remete à valorações interiores, quer dizer, à vontade. Da vontade e seus valores provém a idéia de dever, provém também a idéia do direito. O sangue se identifica com esta vontade, e deste modo, a afirmação de que socialismo e nacionalismo não são antiéticos, mas em sua forma mais profunda e essência, uma e a mesma coisa, aparece como filosoficamente fundamentada precisamente pelo feito de que ambas expressões de nossa vida se remetem à embasamentos primigênios comuns, volitivos, que valorizam esta vida em uma determinada direção.


Esta impudica da casta dos piratas internacionais da Bolsa, que depois de seu triunfo deixou cair quase todas as máscaras do humanitarismo francomaçônico, ela mostrou impressionante evidência não só da decadência democrática, mas também da decomposição do velho nacionalismo, aquele que, com a espada em mão, prestava serviços de vassalo à Bolsa.


O desvario do ouro que nos foi instigado tem sido a pré-condição do padrão-ouro internacional, que se aceita como uma "lei da natureza", mas que com a abolição deste desvario do ouro, desaparecerá da mesma maneira que a crença desvairada em bruxas da Idade Média inquisitorial depois de ter-se produzido o esclarecimento. Ela (a crença) desaparecerá quando uma idéia nova levada por homens novos seja também tomada como base para a vida econômica.


Não é o humanitarismo francomaçônico com seu mendaz pacifismo mercantil o que pode brindar os fundamentos de uma genuína vontade de paz, já que o "negócio" governa seus atos.


O primeiríssimo cometido da educação não é a transmissão do saber, mas a formação do caráter, quer dizer, o fortalecimento daqueles valores que dormem no mais profundo da natureza germânica e devem ser cultivados cuidadosamente. Aqui o Estado nacional há de reclamar sem nenhum compromisso o domínio absoluto, se é que quer educar cidadãos arraigados no solo que no futuro hão de ter consciência daquilo pelo que lutam na vida, a que totalidade de valores pertencem apesar de todos os traços individuais.


Um homem, entretanto, ou um movimento que querem procurar para estes valores (nacionais) o triunfo total, tem o direito de não respeitar o antagônico. Eles têm o dever de superá-lo espiritualmente, de deixar que se atrofie organizatoriamente e mantê-lo politicamente impotente.


Certo é que a City judia (município no interior de Londres), em aliança com os liberais e o partido trabalhador, pode muito bem abrigar a esperança de orquestrar com a Moscou judeo-bolchevique um favorável convênio econômico.


A China luta por seu mito, por sua raça e seus ideais, o mesmo que o grande movimento de renovação na Alemanha contra a raça de mercadores que hoje domina todas as Bolsas e determina os atos de quase todos os governantes.


*Antes e durante a Guerra Mundial a alta finança judia declarou que sua política se desenvolvia em consonância com a política da Grã Bretanha. Inglaterra havia conquistado antes para os mercadores judeus de brilhantes o Sul da África (Lewis, Beith, Lewisohn, etc.). Havia encomendado a grandes casas bancárias judias o domínio sobre todas as transações financeiras (Rothschild, Montague, Cassel, Lazards, etc.). Também havia feito deslizar-se cada vez mais em mãos judias o comércio do ópio, o judeu Lord Reading (lsaacs) se encarregou das importantes negociações de empréstimos com a América do Norte, até que finalmente a Inglaterra, através da assim chamada Declaração Balfour, se fez cargo da proteção dos interesses judeus em todos os Estados.


(...) deu expressão ao anseio o negro Garvey (líder negro americano): “o que está bem para o branco, está bem para o negro, a saber, liberdade e democracia. Se os ingleses têm a Inglaterra, os franceses a França, os italianos a Itália, ao qual certamente têm direito, então os negros exigem a África, e também estarão dispostos a verter sangue por este reclamo. Queremos estabelecer leis para todas as raças de negros e uma constituição que torne possível a todos plasmar como homens livres seu próprio destino. A mais sangrenta de todas as guerras chegará no momento em que Europa voltar suas forças contra Ásia, então terá chegado para o mundo negro o momento de erguer a espada para a definitiva liberação e recuperação da África.”


OBS: aqui o autor demonstra claramente sua simpatia por um movimento de autodeterminação racial negro.


O domínio sem honra do dinheiro forçosamente deve perseguir o domínio mundial através do endividamento mundial. Mas uma delimitação orgânico-racial sobre o globo terrestre significa com a mesma inelidível necessidade o fim do padrão-ouro internacional, com ele o fim do messianismo judeu, tal como se há feito realidade quase por completo no domínio dos bancos mundiais e como há de ser completado mediante a criação de um centro judeu em Jerusalém.


(...) banqueiros mundiais usureiros querem considerar a todos os povos de cultura como plantios de empréstimos, bons só para extrair deles por servidão juros sobre juros e para dispor a um comissário de finanças como amo sobre todo o país, tal como o ditado de Dawes havia iniciado de forma cínica com Alemanha.


Não é com o desarme dos exércitos, das frotas, com o que deve iniciar-se uma "pacificação mundial", mas com o total aniquilamento da democracia sem honra, da idéia estatal a-racial do século XIX, o esvaziamento econômico mundial através da Finança, que hoje trará, em nome dos povos, o afundamento de todos os Estados, se a religião do sangue não é vivida, reconhecida e realizada na vida.


Um povo está perdido como povo, na realidade morreu como tal, quando ao manter uma mirada de conjunto sobre sua história e ao provar sua vontade de futuro já não encontra nenhuma unidade. Quaisquer tenham sido as formas nas quais tem transcorrido o passado: se uma nação chega a negar genuína e realmente suas alegorias do primeiro despertar, então negou com isso as raízes de seu ser e porvir de forma geral e se condenou à esterilidade. Deste modo, a razão e o intelecto se vão distanciando da raça e da espécie, desligados dos vínculos de sangue e das sucessões de gerações, o ser individual cai vítima de construções intelectuais absolutas, carentes de representatividade, se desenlaça cada vez mais do mundo circundante específico , se mistura com sangue inimigo. E por causa deste incesto logo perecem a personalidade, o povo, a cultura ...


Frases de Rosenberg relacionadas à maçonaria:


Contra a Pan-Europa a-racial, a caótica "jurisdição mundial", a República Mundial francomaçônica sem povos, se opõe este novo pensamento do ser nórdico como único perigoso, por ser orgânico.


A nova doutrina da humanidade foi a "religião" dos francomaçons. Esta administrou até hoje os fundamentos espirituais de uma cultura universalista abstrata, o ponto de partida de todas as prédicas de felicidades egoístas, ela cunhou (já ao redor de 1740) também a frase-impacto política dos últimos 150 anos, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", e deu nascimento a caótica democracia "humana", desintegradora de povos.


*"A maçonaria é uma liga da humanidade para a difusão de princípios tolerantes e humanos, na realização de propósitos onde o judeu e o turco podem ter a mesma participação que o cristão." Assim rezava a Constituição formulada em 1722. A idéia de humanitarismo deve construir "o princípio, a finalidade e o conteúdo" da francomaçonaria. "Ela é —segundo o rito de Friburgo— de alcance mais vasto que todas as igrejas, Estados e escolas, que todos os estamentos, povos e nacionalidades; pois se estende por sobre a humanidade total."

Assim nos instrui ainda hoje a francomaçonaria alemã. Por conseguinte, a Igreja romana e a Contra-igreja francomaçônica estão concordantes em derrubar todas as barreiras que são criadas pela figura anímica e física. Ambas convocam seus seguidores em nome do amor a humanidade, em nome de um ilimitado universalismo, difere unicamente que a Igreja exige a submissão total, a subordinação dentro de seu âmbito (que por certo deve ser toda a Terra), enquanto a Contra-Igreja predica uma destruição ilimitada das fronteiras, põe como esquadro de seu juízo o sofrimento e a alegria do indivíduo, do "ser humano", o que deve ser visto como a causa da situação atual, em que a desnuda riqueza do indivíduo chegou a ser o bem supremo da democracia e se lhe outorga dentro dele o lugar supremo na vida social.


Esta impudica da casta dos piratas internacionais da Bolsa, que depois de seu triunfo deixou cair quase todas as máscaras do humanitarismo francomaçônico, ela mostrou impressionante evidência não só da decadência democrática, mas também da decomposição do velho nacionalismo, aquele que, com a espada em mão, prestava serviços de vassalo à Bolsa.


A francomaçonaria se converteu na Itália, França e Inglaterra em uma liga política de homens e dirigiu as revoluções democráticas do século XIX. Sua "visão de mundo" socavou ano trás ano os fundamentos de toda a essência germânica. Hoje vemos os atarefados representantes da Bolsa internacional e do comércio mundial quase em todas as partes dirigindo de forma decisiva a "Contra-igreja" (maçonaria).


* Aqui vemos agora o judaísmo internacional, por instinto e simultaneamente por reflexão consciente, juntar-se na organização da francomaçonaria.


(...) cai de uma vez por todas tanto o individualismo materialista a-racial como o universalismo estranho a natureza em todas suas variantes, como a teocracia romana ou humanidade francomaçônica ...


Não é o humanitarismo francomaçônico com seu mendaz pacifismo mercantil o que pode brindar os fundamentos de uma genuína vontade de paz, já que o "negócio" governa seus atos.


A idéia de honra —de honra nacional— será para nós o começo e o fim de nosso pensar e agir. Ela não tolera nenhum centro de força equivalente ao seu lado qualquer que seja sua índole, nem o amor cristão, nem o humanitarismo maçônico, nem a filosofia romana (do Vaticano).

Mais algumas frases:

E a fim de suprimir também o autêntico e pujante que ousa somar-se, os príncipes do dinheiro coordenaram um cartel com os diretores de teatro e os homens de imprensa judeus. Estes exaltavam todo o descarado, dissolvente, artificioso, impotente e falsificado, até impor-lhes, e lutavam de forma ainda muito mais fechada e consciente contra toda autêntica renovação do mundo que no passado contra Richard Wagner. Porque eles sabiam: o mais grande significa a morte do pequeno, um novo valor, uma vez reconhecido, rompe a cabeça do carente de valor...

Ele (Dostoievski) já sabe quem chegou a ser o amo no jogo de forças: "advogados sem posto e judeus descarados."

Enquanto que em quase todos os povos do mundo, idéias e sentimentos religiosos e éticos se interpõem como obstáculos no caminho da arbitrariedade e do desenfreio puramente instintivos, nos judeus é o inverso.

Para o chinês, o repouso é a superação do fazer, para transitar sem ação consciente o caminho do destino; para o indiano, o repouso significa a superação da vida, o primeiro degrau do caminho ao eterno; o repouso do judeu é a armação de uma atividade prometedora de êxitos materiais; o repouso do ser humano nórdico é a concentração antes da ação, é mística e vida simultaneamente.

Este fundo primigênio genuinamente religioso falta, exceto em restos escassos, na raça dos semitas e seus semi-irmãos bastardos, os judeus.

É conhecido o sonho maligno, mas enormemente forte de Ignácio (de Loyola), cujo hálito destruidor de almas ainda hoje abruma toda nossa cultura. E também se conhece o sonho do gnomo Alberich, que amaldiçoou o amor para obter o domínio do mundo. No Monte Sião este sonho foi cultivado durante séculos, o sonho do ouro, da força da mentira e do ódio. Este sonho empurrou aos judeus ao redor de todo o mundo.

O sionista Holitscher percebeu em Moscou o paralelismo interior entre Moscou e Sião, e o sionista F. Kohn declara que desde os patriarcas uma única linha conduz a Karl Marx, Rosa Luxemburg e até todos os bolcheviques judeus que servem a "causa da liberdade".

Mas tal força descomunal não a revela unicamente uma visão criadora de sonho, mas também do parasitário sonho de domínio mundial judaico partiu uma força descomunal, ainda quando destruidora. Ele impeliu adiante, através de já três milênios aos magos negros da política e da economia, insaciável se acrescentava aos poucos à corrente desses poderes instintivos do ouro; "renunciando o amor" teceram os filhos de Jacó, as redes de ouro para o aprisionamento de povos de espírito magnânimo, tolerante ou debilitado.

Se a mentira volitivo-orgânica é a morte do ser humano nórdico, em câmbio, significa o elemento vital do judaísmo. Expressado paradoxalmente: a constante mentira é a verdade "orgânica" da contra-raça judia. O feito de que lhe é alheio o verdadeiro conteúdo do conceito de honra, traz como consequência a fraude frequente até ordenado pela lei religiosa, tal como isto tem sido assentado no Talmud e no Schulchan-Aruch de um modo sensivelmente monumental. "Grandes mestres em mentir", lhes chamava o brutal buscador da verdade, Schopenhauer. "Uma nação de mercadores e defraudadores", enfatizou Kant.

Antes e durante a Guerra Mundial a alta finança judia declarou que sua política se desenvolvia em consonância com a política da Grã-Bretanha. Inglaterra havia conquistado antes para os mercadores judeus de brilhantes o Sul da África (Lewis, Beith, Lewisohn, etc.). Havia encomendado a grandes casas bancárias judias o domínio sobre todas as transações financeiras (Rothschild, Montague, Cassel, Lazards, etc.). Também havia feito deslizar-se cada vez mais em mãos judias o comércio do ópio, o judeu Lord Reading (lsaacs) se encarregou das importantes negociações de empréstimos com a América do Norte, até que finalmente a Inglaterra, através da assim chamada Declaração Balfour, se fez cargo da proteção dos interesses judeus em todos os Estados.

(...) a representação interior de Deus por parte do judaísmo, que forma um ser com o exterior judeu. Mas aqui, nossa alma foi infestada judaicamente; o meio para isso foram a Bíblia e a Igreja de Roma. Mediante sua ajuda, o demônio do deserto tornou-se o "Deus" da Europa. Quem não o queria, foi queimado ou envenenado.

A Igreja romana corruptora de raças necessita onde quer estruturar-se, portanto, sempre de forças raciais potentes, enquanto que ela mesma, através de seu dogma, se apressa por destruir as raças e povos. Aqui Roma e o judaísmo andam de braços dados.

Aqui vemos agora o judaísmo internacional, por instinto e simultaneamente por reflexão consciente, juntar-se na organização da francomaçonaria.


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